Assessor dava 2/3 do salário ao motorista de Flávio Bolsonaro

Aparecem detalhes do primeiro depoimento ao Ministério Público de um assessor de Flávio Bolsonaro que depositava dinheiro na conta de Fabrício Queiroz.

O valor não era baixo: 2/3 do salário. O que dava R$ 4 mil mensais.

Nome: Agostinho Moraes da Silva, subtenente da PM.

Portanto, além do salário de assessor ainda ganha mais R$ 8,5 mil da Polícia Militar.

As contas suspeitas de Fabrício Queiroz foram reveladas pelo Conselho de Controle de Atividades, incompatíveis com sua renda.

Queiroz é apresentado por Agostinho como um investidor – ele devolveria o dinheiro usado na compra e venda de carros usados.

Trecho da reportagem do G1:

Agostinho alega que o retorno chegava até 18% e vinha rápido, em um mês. Ele disse aos promotores que nunca devolveu parte do salário a Flávio Bolsonaro ou a Queiroz. Mas fazia uma TED (Transferência Eletrônica Disponível) sempre que entrava o pagamento para investir com o “amigo”.

Eram cerca de R$ 4 mil reais de um salário líquido de R$ 6.787,49 (julho/2018). O lucro vinha em espécie. E sem jamais Agostinho ter declarado as operações à Receita Federal. Disse que “nunca perguntou a Fabrício o motivo de ele pagar os lucros em dinheiro vivo”. Agostinho afirmou que Flávio Bolsonaro não teria conhecimento da prática – nem da existência de funcionários fantasmas.