Zoeira de Bruna Surfistinha com Bolsonaro bomba nas redes

25/03/2019 16:22 / Atualizado em 11/09/2019 11:57

Raquel Pacheco conseguiu viralizar seu ataque a Bolsonaro.

Afinal, Rachel é mais conhecida como Bruna Surfistinha, que ganhava a vida como prostituta de luxo.

Ela criticou não só o governo e seus apoiadores.
“Me chame de puta, mas não me chame de ‘bolsominion’, pelo amooor de Deus!”, escreveu ela no Twitter.
O post rapidamente 29 mil likes e 8 mil retweets d autora do best-seller “O Doce Veneno do Escorpião — O Diário de uma Garota de Programa”, que também deu origem ao filme “Bruna Surfistinha” nos cinemas.

É mais um sinal dos problemas de Bolsonaro nas redes.

O que serviu para eleger não está servindo para governar.
Pelo contrário: está prejudicando.
As redes sociais viraram um grande inimigo de Bolsonaro.
Nas eleições, foram seu maior aliado.
Existem índices que medem a aprovação e rejeição de pessoas e instituições a partir dos comentários nas redes.
Um deles é feito pela empresa Arquimedes, que vende seus serviços para grandes empresas e mercado financeiro.
Nesse índice, o apoio a Bolsonaro e à reforma da previdência caiu 30 pontos.

Informação da Mônica Bergamo, da Folha:

Aumentaram o mau humor em relação ao governo a notícia da liberação de R$ 1 bilhão em emendas para congressistas, os ataques de Jair Bolsonaro a uma jornalista, a prisão de milicianos acusados de matar a vereadora Marielle Franco —e especialmente a proposta de previdência dos militares.

Soma-se a esse notícia da Folha a pesquisa Ibope, lançada na semana passada/

Raras vezes se viu no Brasil um presidente perder tanto prestígio em tão pouco tempo.
Um de cada três brasileiros de classe média que consideravam o governo ótimo ou bom mudou de ideia. Em janeiro, Bolsonaro tinha apoio de 53% na faixa de renda de 2 a 5 salários mínimos. Agora, são 35%. Na fatia mais pobre da população, o índice caiu de 41% para 29%.
A desidratação é relevante porque esses grupos são numerosos (só 8% da população pesquisada recebe mais de 5 salários) e ajudaram Bolsonaro a expandir seu eleitorado para chegar à Presidência. Os mais ricos aderiram cedo à campanha do então deputado. Ele só conquistou maioria ao cativar outros segmentos.
Bolsonaro não tem apoio sólido do Congresso, é visto com crescente desconfiança pelos meios de comunicação e não conta com a confiança, devido ao seu temperamento, dos empresários.
A fase de desgastes de verdade ainda não começou.
Começa de fato agora com a reforma das aposentadorias.
Já seria difícil para qualquer presidente.
Ainda mais para um governo que produz suas próprias crises – e com a ajuda da família.