Dimenstein: a renúncia seria um gesto nobre de Bolsonaro

17/05/2019 17:21 / Atualizado em 11/09/2019 12:07

Mencionando ingovernabilidade e conspiração, o texto divulgado hoje por Jair Bolsonaro nas redes sociais levantou rumores de uma eventual renúncia.
Está cada vez mais claro que ele não consegue governar sem base parlamentar – e não faz a menor ideia de como ganhar o Congresso.
Nem mesmo há apoio sólido em seu próprio partido.
Há reformas urgentes a serem feitas, sem as quais o Brasil entra em colapso.
A cada dia, aumenta seu desgaste: sua popularidade é corroída.
A investigação em torno de Flávio Bolsonaro já indica que será uma explosão atômica na imagem de honestidade da família.
Pior: é capaz de mostrar conexões com as milícias.
A crise econômica se agrava; manifestações voltam às ruas.
Os principais veículos de comunicação, assim como lideranças empresariais, já não confiam no governo.
Diante dessas crises, Bolsonaro apenas radicaliza – e, assim, fica ainda mais vulnerável.
O menos ruim para o Brasil seria o gesto nobre da renúncia para que o Brasil tente um acordo destinado a aprovar as reformas.