Dimenstein: detesto Bolsonaro, mas apoio a reforma da previdência
Tenho cada vez mais ojeriza a Jair Bolsonaro.
Ele está se saindo pior – aliás, muito pior – do que eu imaginava.
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A cada dia ele mostra o que significa a combinação de ignorância, mediocridade e arrogância.
Digo que ele se supera, como associar nazismo à esquerda; suspender os radares nas estradas; atacar o índice do IBGE para justificar o desemprego
Nada disso me impede de apoiar a reforma da previdência – uma reforma que, na sua mediocridade, Bolsonaro se opôs durante toda a sua vida.
Concordo, em essência, com os argumentos de Paulo Guedes, ministro da Economia, que hoje, durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, lembrou: o governo gastou no ano passado dez vezes mais com a Previdência Social do que com Educação.
Investe-se mas no passado ( os aposentados) do que no futuro ( as crianças)
“Gastamos R$ 700 bilhões ano passado com a Previdência, nosso passado, e R$ 70 bilhões com educação, nosso futuro. Gastamos dez vezes mais com a Previdência do que com nosso futuro”, disse.
A situação apenas tende a piorar: a população está cada vez mais velha.
Portanto, os gastos serão maiores para a aposentadoria, estrangulando os recursos.
Basta ver esse gráfico abaixo.
É uma conta perversa para os mais pobres.
Detesto Bolsonaro, mas amo meu país.
Justamente porque amo meu país, fico revoltado em ver um governo medíocre e ignorante.
Daí que acredito que a reforma da previdência não é desafio de um governo.
Mas do futuro do Brasil.