Dimenstein: pesquisa publicada no Estadão vai enlouquecer Bolsonaro

A pesquisa mostra que Bolsonaro dividiu seus eleitores ao indicar o filho Eduardo para a embaixada nos EUA

É sabido que Jair Bolsonaro montou uma estratégia de comunicação que busca, em primeiro lugar, garantir seus fãs.

Daí que questões que nos parecem estranhas –trabalho infantil, Golden Showers, teorias conspiratórias, defensa do rodeio, ataques ao “politicamente correto”–, fazem sentido em sua lógica.

Daí que essa pesquisa divulgada pelo Estadão vai balançar Bolsonaro –e muito.

Os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro durante encontro na Casa Branca, em Washington, em março
Créditos: Alan Santos/PR
Os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro durante encontro na Casa Branca, em Washington, em março

A pesquisa mostra que ele dividiu seus eleitores ao indicar o filho Eduardo para a embaixada nos Estados Unidos.

Os dados são fortes.

Levantamento da Quaest Consultoria e Pesquisa mostra que 45% dos eleitores são contra a indicação.

Entre todos os eleitores, o resultado é mais devastador ainda: 72% são contra e 29% a favor.

A consultoria ouviu 1.500 pessoas acima de 18 anos por telefone entre os dias 17 e 18 deste mês.

Some-se a isso que, nas últimas semanas, a família Bolsonaro tem sido centro de notícias sobre influências indevidas na Receita Federal, Polícia Federal e Procuradoria-Geral da República.

Em síntese, é o pior do que Bolsonaro chama de “velha política”.

E seu eleitor está mandando um recado claro.