Filho de Bolsonaro namorou filha de PM preso do caso Marielle

Por: Redação

Essa informação não significa que a família Bolsonaro tenha qualquer participação na morte de Marielle Franco.
Apenas revela a proximidade com as miícias.
Jair Bolsonaro e o PM Ronnie Lessa, acusado do assassinato da vereadora, moram no mesmo condomínio no Rio.
Renan, filho do presidente, namorou com uma filha de Ronie.
A informação foi dada pelo delegado, no Rio, que investiga a morte de Marielle Franco.

O problema é que esse detalhes se juntam a mais sinais de proximidade da família com as mil]icias.

Essa foto acima não prova absolutamente nada.

Repito: nada.

Mas é a pior foto da vida de Jair Bolsonaro.

Ele está sem os olhos – mas centenas de milhões de olhos vão se fixar nessa foto.

Afinal, Bolsonaro está abraçado com o motorista Élcio Queiroz, preso sob acusação de matar Marielle Franco.

De novo, um motorista com o sobrenome Queiroz para atrapalhar a vida da família Bolsonaro.

O problema da foto não é o que se vê.

Mas o que não se vê.

As ligações dos Bolsonaros com as milícias.

Abaixo outra foto ruim para a família Bolsonaro

Dois rostos são conhecidos: Jair e Flávio Bolsonaro.

Três serão conhecidos (muito conhecidos) agora.

Os gêmeos são Alex e Alan Oliveira.

Ambos estão presos por envolvimento nas milícias.

A mulher do meio é irmã deles: Valdenice Oliveira Meliga.

Foto da reportagem divulgada pela revista IstoÉ:

Reportagem de Wilson Lima revela que Waldenice de Oliveira Meliga, irmã dos milicianos presos, assinava os cheques da campanha de Flávio Bolsonaro ao Senado.

Na esteira da investigação, a revista estabeleceu também uma ligação com candidaturas laranjas do PSL.

Trecho da reportagem da IstoÉ.

Quando foi desencadeada a operação “Quarto Elemento”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Rio de Janeiro, já era sabido que dois dos milicianos presos, os gêmeos Alan e Alex Rodrigues Oliveira, eram irmãos de Valdenice de Oliveira Meliga, e que ela era lotada no gabinete do então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
O que não se sabia — e ISTOÉ revela nesta reportagem – é que Valdenice, a Val Meliga, era tão merecedora da confiança de Flávio que ele entregou a ela a responsabilidade pelas contas da sua campanha ao Senado. Val Meliga, irmã dos milicianos, assinou cheques de despesas da campanha em nome de Flávio. ISTOÉ obteve dois cheques: um de R$ 3,5 mil e outro no valor de R$ 5 mil.
Dona de uma empresa de eventos, a Me Liga Produções e Eventos, Val era uma das pessoas a quem ele deu procuração, conforme documento enviado à Justiça Eleitoral, para cumprir a tarefa.

O problema fica mais grave quando as peças em torno de Val levam também a conexões com laranjas no Rio.
Um dos cheques de Val vai para a empresa Alê Soluções e Eventos Ltda, que pertence a Alessandra Cristina Ferreira de Oliveira.

IstoÉ conecta:

O pagamento é referente ao serviço de contabilidade das contas de Flávio Bolsonaro. Ocorre, porém, que Alessandra era também funcionária do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa, com um salário de R$ 5,1 mil.
Estava vinculada ao escritório da liderança do PSL na Alerj, exercida por Flávio. E, na época da campanha, exercia a função de primeira tesoureira do PSL. Mais do que isso, sua empresa não foi contratada para fazer somente a contabilidade de Flávio Bolsonaro.
Ela, a primeira-tesoureira do PSL, ou seja, a pessoa a quem cabia destinar os recursos, fez, por meio de sua empresa, a contabilidade de 42 campanhas eleitorais do PSL do Rio.
Ou seja: cerca de um a cada cinco postulantes a um cargo político pelo PSL do Rio deixou sua contabilidade aos serviços da Alê, empresa de Alessandra, tesoureira do partido. Assim, a responsável por entregar e distribuir os recursos do partido tinha parte do recurso de volta para as contas de uma empresa de sua responsabilidade.

Para entender como o tema é explosivo para a família Bolsonaro, basta ver esse gráfico feito pela Folha mostrando as ligações diretas e indiretas da família Bolsonaro com as milícias.

Um dos principais focos de investigação jornalísticas no país são as ligações da Família Bolsonaro com as milícias.
Motivo: mãe e mulher de Adriano Nóbrega, um dos chefes da milícia e suspeito de matar Marielle Franco, eram empregados no gabinete de Flávio Bolsonaro.
Fabrício Queiroz, amigo de Bolsonaro há 30 anos, tem ligações ainda mais profundas com os Bolsonaros e com as milícias.
A Folha fez o melhor mapa para entender as relações, dando um exemplo de importância do jornalismo gráfico para tornar os temas mais acessíveis.

As relações, segundo o mapa da Folha:

Michelle Bolsonaro com Jair Bolsonaro:

Mulher de Jair Bolsonaro. Foi assessora do então deputado federal

Jair Bolsonaro com Fabrício Queiroz:

Amigos de longa data e a quem o presidente diz ter emprestado dinheiro (R$ 40 mil)

Jair Bolsonaro com Adriano da Nóbrega:

Na Câmara, em 2005, o então deputado federal defendeu Adriano, um “brilhante oficial”

Fabrício Queiroz com Michelle Bolsonaro:

Depositou cheque de R$ 24 mil na conta de Michelle, alegando pagamento de dívida

Fabrício Queiroz com Flávio Bolsonaro:

Motorista e assessor de Flávio Bolsonaro de 2007 a 15.out.2018

Fabrício Queiroz com Adriano da Nóbrega:

O assessor foi colega de batalhão de Adriano da Nóbrega e pediu que Flávio Bolsonaro homenageasse Adriano na Alerj

Nathalia com Jair Bolsonaro:

Trabalhou para o então deputado em Brasília, apesar de estar constantemente no RJ como personal trainer

Nathalia com Flávio Bolsonaro:

Assessorou o então deputado estadual na Alerj

Evelyn com Flávio Bolsonaro:

Substituiu Nathalia como assessora do deputado na Alerj

Marcia com Flávio Bolsonaro:

Foi assessora de Flávio Bolsonaro, junto com Evelyn

Jair Bolsonaro com milícia:

Em 2008, criticou a CPI das Milícias, da Alerj, e disse que policiais estavam sendo confundidos com milicianos por organizar a segurança

Flávio Bolsonaro com milícia:

Na CPI de 2008, na Alerj, o deputado minimizou a gravidade das milícias e disse que “não raro é constatada” a felicidade em áreas dominadas por milicianos

Milícia com Marielle Franco:

Há suspeita de que a vereadora e o motorista Anderson Gomes foram mortos pela milícia que atua na zona oeste do Rio

Adriano da Nóbrega com Marielle Franco:

Seis testemunhas citam Adriano no caso da morte de Marielle, de acordo com The Intercept Brasil

Adriano da Nóbrega e milícia:

Foragido da polícia, o ex-policial é acusado de liderar o Escritório do Crime, milícia suspeita de ligação com as mortes de Marielle e Anderson Gomes

Fabrício Queiroz com Raimunda:

A mãe de Adriano da Nóbrega é, segundo o Coaf, uma das pessoas que depositavam dinheiro na conta de Queiroz (R$ 4.600)

Fabrício Queiroz com Danielle:

O assessor indicou a mulher de Adriano para o gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj

Flávio Bolsonaro com Raimunda:

De 29.jun.2016 a 13.nov.2018, o então deputado estadual teve Raimunda como assessora de gabinete na Alerj

Flávio Bolsonaro com Danielle:

A mulher do ex-PM também trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, onde ela trabalhou de 2007 a 13.nov.2018

Flávio Bolsonaro com Adriano da Nóbrega:

Homenageou o ex-PM em out.2013 e em jun.2015 (Adriano estava preso na data), dando a ele a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Alerj

Jair Bolsonaro com Flávio Bolsonaro:

Pai chama o filho de 01

Ministério Público do RJ com Flávio Bolsonaro:

Investiga a movimentação financeira atípica de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, com base no Coaf

Ministério Público do RJ com Fabrício Queiroz:

Investiga movimentações atípicas na conta do então assessor apontadas pelo Coaf e pode ajuizar ação penal