Mourão: ‘Pego as coisas e vou embora’, sobre crise com Bolsonaro

Incomodado com os ataques que vem recebendo da família Bolsonaro, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, já admitiu, em tom de desabafo, que pode renunciar ao cargo se o presidente pedir.

Reportagem “O inimigo imaginário,  capa da revista “Veja” desta semana, revela os bastidores da crise. Se em público Bolsonaro e Mourão “vivem um casamento sólido”, nos bastidores a história é outra.

Capa da revista “Veja” desta semana
Créditos: Reprodução
Capa da revista “Veja” desta semana

Por trás das alegres metáforas matrimoniais que Bolsonaro gosta de usar para falar da crise, a realidade é que esta é a maios grave política em pouco mais de 100 dias de governo.

Segundo a reportagem, desde a postagem do vídeo de Olavo de Carvalho postado nas redes sociais de Bolsonaro, o general Mourão começou a cristalizar sua desconfiança de que os ataques de Carlos tinham o aval do presidente.

“No domingo, o general, cuja aparência sisuda esconde uma personalidade brincalhona, estava calado, triste e até teve picos de pressão. Cercado por familiares, mostrou-se contrariado e disse que, se aquilo continuasse, não descartava a saída extrema de renunciar. “Se ele (Bolsonaro) não me quer, é só me dizer. Pego as coisas e vou embora”, desabafou.

Em outro trecho da reportage Mourão diz ainda que “o presidente nunca me disse para parar, para não falar com essa ou aquela pessoa. Então, entendo que não estou fazendo nada de errado. Mas se ele quiser que eu pare…”.