Veja faz melhor reportagem sobre o caos no Ministério da Educação

 
 

A melhor reportagem sobre o caos no Ministério da Educação é a capa da mais recente edição da Veja.

É uma detalhada investigação sobre a guerra interna e ajuda a explicar por que, segundo informações de assessores de Bolsonaro, os dias de Ricardo Velez estariam contados.

Na prática, como mostra a Veja, não existe Ministério: apenas um amontado de trincheiras que paralisam qualquer chance de políticas públicas.

Trecho da reportagem:

O MEC de Vélez foi transformado na central da anarquia. O ministro está enfraquecido, bombardeado por evangélicos, militares, partidos, e vive enredado com os “olavetes”, cujo mestre é o guru bolsonarista Olavo de Carvalho, que mora nos Estados Unidos. Aos chamados vélezianos, restaram apenas quatro secretarias. Vélez está isolado no próprio feudo. Um dos fatores que o mantiveram no cargo até agora é de fundo prático: Bolsonaro não quer demiti-lo durante a crise do governo com o Congresso e, com isso, contribuir para aumentar o clima de incerteza.

Já no início do governo, o núcleo ideológico entrou em ação: fez uma varredura nas redes sociais de quadros do ministério à procura de críticos do bolsonarismo. Funcionários de médio e baixo escalões identificados como “petistas” foram afastados. Cada vez que um era limado, vinha a comemoração. Em 30 de janeiro, o então chefe de gabinete Tiago Tondinelli soltou um comunicado que deixava clara a apropriação da agenda ministerial por esse grupo. Número um: “Audiências com o ministro deverão ser, sempre que possível, solicitadas com, no mínimo, duas semanas de antecedência”. Era para valer. “No tempo em que estive lá, tudo passava pelo crivo dos olavetes. Sempre havia um olheiro deles nas reuniões”, conta uma ex-assessora.