Vingança contra Alceu Valença é sinal de transtorno de Bolsonaro

Por: Redação

Aumentam a cada dia as suspeitas de que Jair Bolsonaro age influencia por problemas de saúde psicológica: distúrbios do sono ( video acima) que provoca irritabilidade extrema e sintomas de paranoia.

O que pode ser traduzido como mania de perseguição e uma desconfiança irreal.

A informação de que ele se vingou de Alceu Valença, demitindo com base em uma Fake News a presidente da Embratur, Tete Bezerra, aumentou essas suspeitas.

A informação é do jornalista Tales Faria, do UOL.

Eleitor de Fernando Haddad e apoiador do #EleNão, Alceu iria cantar num evento de turismo apoiado pela Embratur.

Bolsonaro divulgou que o motivo da demissão seria um jantar que custaria $290 mil – o que não aconteceu.

O marido de Tete, o deputado Carlos Bezerra apontou o que considerou “paranóia”.

“O show não é contratado pela Embratur, mas sim pela empresa promotora do evento. Esse presidente é um despreparado, paranoico. Não sabe da importância do evento no meio turístico mundial e nem o quanto a sua atitude depõe contra o Brasil.”

A assessoria de Alceu Valença: “O show acústico foi contratado por uma produtora para evento corporativo, como acontece diversas vezes. Não foi contratado diretamente pela Embratur. Com o cancelamento o cachê sequer chegou a ser pago.”

Duas definições:

Nesta patologia, o indivíduo desenvolve uma desconfiança ou suspeita exacerbada ou injustificada de que está sendo perseguido, acreditando que algo ruim está para acontecer ou que o perseguidor deseja lhe causar mal.

em>Perturbação mental que se caracteriza pela tendência para a interpretação errónea da realidade em consequência da suscetibilidade aguda e da desconfiança extrema do indivíduo, que pode chegar até ao delírio persecutório

Jair Bolsonaro vem demonstrando sintomas de paranoia.

Isso explica, por exemplo, por que Bolsonaro é fã de teorias conspiratórias. Ou se recusava a andar de avião particular durante a campanha, achando que iriam sabotá-lo.

Ou porque insiste, apesar da falta de evidências, que Adélio Bispo deu-lhe uma facada agindo a mando de alguma organização de esquerda.

Seu guru, o filósofo Olavo Carvalho, é um exemplo de veneração a teorias conspiratórios. Obama, segundo ele, teria sido um agente russo; a família real britânica teria vinculações com o Estado Islâmico; o aquecimento global é um complô para acabar com o capitalismo.

O estopim para Bolsonaro demitir seu secretário-geral Gustavo Bebianno foi ter marcado uma reunião com o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo, no Palácio do Planalto.

O presidente está convencido de que seu secretário-geral vazava informações para a Globo.

Daí teria surgido as revelações sobre as contas de seu filho Flávio.

Sabendo dessa paranoia, Bebianno disse a amigos:

“Perdi a confiança no Jair. Tenho vergonha de ter acreditado nele. É uma pessoa louca, um perigo para o Brasil.”

Loucura, no caso, seria como Bebianno chama paranoia.

Carlos Bolsonaro alimenta a paranoia do pai – e é alimentado pela paranoia do pai.

Ele escreveu que a Globo apenas critica o governo porque quer dinheiro público.

O que significa chantagem.

Também disse que eles torceram pela morte do pai.

Chegou a insinuar que Mourão também teria interesse na morte de Bolsonaro.

Sempre vai aparecer a paranoia Globo: Mourão recebe em seu gabinete jornalistas da Globo.

Logo, estaria aliado a inimigos.

Aliás, uma das razões que levou Bolsonaro a convidar o vice foi uma teoria da conspiração.

Ele achava que o Congresso iria logo promover um impeachment.

Mas pensariam duas vezes antes de colocar na presidência um general que já tinha defendido, na ativa, uma intervenção militar.

Para resumir o ambiente paranoico, basta conhecer uma revelação da Veja:

Uma nota publicada hoje por Lauro Jardim, do O Globo, informando que Carlos tinha ambição de inspirar um serviço secreto paralelo de espionagem.

Seria montado com com delegados e agentes da PF de sua confiança.

Desfecho do projeto, segundo o colunista do O Globo:

O general Augusto Heleno vetou a maluquice.

Um filho de presidente, sem cargo, querer montar um serviço secreto revela uma anomalia de quem vive em estado de paranoia, criando uma realidade paralela.

Mas Carlos não teria a ideia sem buscar alguma inspiração e autorização do pai.

Bolsonaro publicou um post informando que seu filho Carlos vai continuar influenciando seu governo.

O problema aparece quando ele revela, no post, um complô para afastá-lo do filho.

A realidade objetiva é que as pessoas sensatas, a começar de seu governo, advertiram para óbvio: a intromissão de Carlos, usado como um beligerante porta-voz de um governo, era inadequado e desgastante.

Afinal, o momento não é de campanha, mas de pacificação para enfrentar os desafios de governar.

Quem mais se preocupou com esse desgaste é o núcleo militar do Palácio do Planalto, sensível à disciplina.

A líder do governo na Câmara, Joice Hasselmann, pediu um muro separando a família e o governo.

Estariam participando de um complô?

Carlos comemorou, também vendo o complô e desafiando a todos:

A revista Veja fez um reportagem mostrando o perfil paranóico do presidente.

A revista mostrou como Bolsonaro tem mania de perseguição. Isto ficou comprovado com a divulgação do conteúdo dos áudios de WhatsApp  (confira aqui) trocados entre Bebianno e Bolsonaro.

“Bolsonaro deixa entrever que é um líder dado a enxergar complôs e deslealdades em cada esquina e, talvez mais perigoso, apresenta-se como um político que faz questão de cultivar inimigos”, escreveu o jornalista Daniel Pereira.

Estes sinais de paranoia, segundo a Veja, vêm sendo demonstrados desde a campanha –Bolsonaro “reclamava de supostas conspirações orquestradas por inimigos declarados”. Agora empossado, “passou a desconfiar de traições também de integrantes graduados do governo”.

A reportagem da Veja também destaca ainda que, para o presidente, “as repartições públicas estão infestadas de esquerdistas, a imprensa quer derrubar o governo, a Igreja Católica conspira em nível mundial e há militares pensando em se sentar na cadeira do presidente”.