Vitória da Mangueira fecha o pior Carnaval na vida de Bolsonaro

Em seu discurso de posse, Jair Bolsonaro prometeu livrar o país do politicamente correto.
Não desconfia que politicamente correto nada mais é do que respeitar a diversidade, combatendo o preconceito e o desrespeito.
Daí que a vitória da Mangueira fecha o Carnaval que detonou Bolsonaro.
O tema era herois da resistência, lembrando negros e índios.
Até chegar a Marielle Franco.
Como se sabe, suspeitos pela morte de Marielle têm ligações com a família Bolsonaro.
Não são ligações superficiais: mulher e mãe do principal suspeito – Adriano Lopes – eram funcionárias do gabinete de Flávio Bolsonaro.
Flávio, aliás, foi contra a CPI das Milícias – e foi o único parlamentar a rejeitar aprovação de homenagem na Assembléia do Rio à vereadora assassinada.
Seus parceiros destruíram placa em homenagem à vereadora – a foto virou símbolo da intolerância.

O pior Carnaval na vida dos Bolsonaros começou na sexta-feira. Começou com a reação gigantesca ao deboche de seu filho Eduardo à morte do neto de Lula, que recebeu críticas de aliados do governo: Silas Malafaia e Marco Feliciano, por exemplo.

Em vários blocos, em todo o Brasil, Bolsonaro foi xingado com palavrões pesados.

Em Olinda, o boneco com sua a imagem foi recebido com latas e vaias.

Foliões vestidos de laranja pularam na frente do condomínio do presidente no Rio.

Brigou com Caetano Veloso e Daniela Mercury, provocando a ira de fãs dos cantores.

Para completar, publicou um vídeo pornográfico para denunciar o que seria uma promiscuidade generalizada do Carnaval.

Foi criticado não apenas pela generalização.

Mas por ter divulgado nas redes conteúdo pornográfico.

Chegaram a pedir o impeachment presidencial.

Virou trending topic mundial e assunto na mídia internacional, do The New York Times ao The Guardian.

Esse Carnaval apenas mostrou a inabilidade do presidente em lidar com o poder.

Afinal, toda a sua vida apenas fez oposição repetindo clichês.