Modelos plus size falam a verdade sobre a indústria da moda
O trabalho das modelos plus size é extremamente importante. Isso porque as mulheres que não se encaixam no padrão da magreza raramente se veem representadas na mídia. Além disso, muitas marcas produzem roupas apenas até o tamanho 42. Mudar essa mentalidade excludente é uma luta diária.
O The Cut chamou algumas top models plus size famosas para falar justamente sobre isso. Elas compartilharam as suas frustrações, explicaram como é a sua carreira e também apontaram as mudanças que gostariam de ver na indústria da moda (e no mundo). Nós traduzimos alguns trechos. Confira:
Precious Lee
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“Por ser negra e plus size, estou lutando em muitos níveis diferentes. E eu acho que é por isso que as modelos plus size se tornam defensoras: nós vemos que o fato de nós estarmos fazendo o que estamos fazendo é o motivo pelo qual as nossas caixas de entrada do Facebook e do Twitter estão cheias de garotinhas dizendo: ‘muito obrigada'”.
Nadia Aboulhosn
“Acho que a coisa mais frustrante para mim é sempre me perguntarem o porquê de eu ser tão confiante. Por que eu não seria confiante? Cresci em uma família que me mostrou que eu era linda a minha vida inteira, e as pessoas com quem eu cresci tinham corpos parecidos com o meu. Não me sentia excluída até me tornar parte da indústria da moda.”
Barbie Ferreira
“(…) Muitas garotas gordas apenas querem fazer parte de algo. Eu passei por isso – ser aquela única curvilínea dentre vinte meninas. É muito difícil porque você quer fazer as mesmas coisas, mas nem consegue colocar o seu pé na porta. Não pode nem aparecer. Você não consegue nem experimentar as roupas porque [as marcas] não fazem [tamanhos para você]. Muitas pessoas não têm a criatividade de te colocar em roupas que são ‘normais’ porque elas não acham que você é bonita ou legal o bastante para vesti-las, o que é uma grande bobagem”.
Iskra Lawrence
“(…) A mulher que eu sou é durona, forte e resiliente, e eu provavelmente não seria assim se não tivesse a oportunidade de descobrir quem eu sou. A indústria da moda meio que me quebrou ao meio, mas ela também permitiu que eu me reconstruísse e percebesse que posso ter um propósito.”
Marquita Pring
“Você tem toda essa margem do mundo que não está sendo nem representada. A maior parte das mulheres veste 42/44, mas você ainda vê muitos tamanhos 34, 36, 38. Você nunca vê [tamanhos grandes] na publicidade. Até nos varejistas famosos — você nunca vê garotas gordas ou mesmo um pouco mais magras.”
Alessandra Garcia Lorido
“Acho que o fato é: nós podermos afetar a confiança de mulheres e homens, de modo que eles possam levar isso aos seus trabalhos. E eles podem seguir para o mundo sem pensar no tamanho deles.”
Denise Bidot
“Minha mãe lutava muito contra o peso dela, então eu não cresci super confiante. Cresci sendo forçada a fazer dieta e a tomar remédios para emagrecimento. Minha mãe lutou contra a bulimia, e acho que é por eu tê-la visto lutar tanto que eu era realmente determinada em não mudar quem eu sou. Então quando entrei na moda, ironicamente, foi isso que me salvou.”
Você pode ler a matéria na íntegra (em inglês) neste link.