A poesia concreta de Arnaldo Antunes
“Todas as coisas do mundo não cabem numa ideia. Mas tudo cabe numa palavra”. É de Arnaldo Antunes essa ideia e essas palavras que resgatam, da década de 1950, uma poesia de caráter experimental capaz de transcender o seu significado e transformar-se em forma e ritmo para enriquecer seu conceito.
Assim nasceu a poesia concreta, através do trabalho do grupo Grupo Noigandres, formado por Décio Pignatari e os irmãos Campos, Augusto e Haroldo. Sua função era dizer aquilo que não estava escrito, mas desenhado, ritmado e, portanto nem sempre era preciso dizer muito para dizer alguma coisa.
Outro representante ferrenho dessa arte foi o escritor Paulo Leminski, que a partir da poesia deu vida a prosa experimental como prova seu livro “Catatau”.
Mais próximo da música do que a gente imagina, a poesia concreta também tem som e, nesse caso, um exemplo significativo é a contribuição do multiartista Arnaldo Antunes. Abaixo você confere o vídeo “Agora” (1993) e outras palavras musicadas e “concretizadas” por ele.