Alma de cariocas da Zona Norte é revelada em projeto fotográfico

Inspirado em um projeto americano, uma agência carioca, acreditando na importância da valorização do ser humano, lançou uma página com o objetivo de mostrar, através de fotografias e textos, personagens da Zona Norte da cidade.

O projeto, que recebeu o nome de “Almas da Zona Norte” – inspirado no Humans of New York-, partiu da ideia da publicitária Suelen Masiero, que residiu durante dois anos em São Francisco. Todas as fotos são de autoria da fotógrafa Vanessa Martins.

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“Su é publicitaria, morou a vida toda em uma favela em Florianópollis, e veio para o Rio há 1 ano para trabalhar na Dharma ACC, uma agência de comunicação fundada na Maré. E essa proposta interessou a Dharma ACC, que estava procurando um projeto de registro fotográfico da Zona Norte. A equipe é composta essencialmente de pessoas da Zona Norte e de favelas”, contou Lana de Souza, produtora de conteúdo da Dharma ACC.

Em cada foto uma história, um momento, uma vida. Com o Almas da Zona Norte não será diferente.  Essa é a intenção do projeto. “Derrubar estereótipos, promover narrativas de personagens que estão fora dos holofotes – eles pertecem à cidade, mas a cidade não os mostra, eles estão nas ruas, trabalhando, caminhando, mas são invisíveis. A ideia é dar esse tipo de foco à essa região do Rio de Janeiro que geralmente não é conhecida, mas é extremamente rica de histórias e personagens”, comentou Lana.

“Este material de histórias e personagens também gerou 3 produtos: a página Almas da Zona Norte que mostra os personagens e suas histórias, o instagram @zonanorterj, que tem um olhar mais artístico sobre a zona norte, e uma pesquisa que está sendo desenvolvida sobre a Zona Norte que vai mensurar temas como: comportamentos, hábitos, perfil de cada bairro, talentos e oportunidades”

Para encontrar essas pessoas com histórias fantásticas, foi feita um divisão da Zona Norte em três partes. ” Dividimos a Zona Norte em 3 grandes áreas: Grande Tijuca, Subúrbio da Central e Subúrbio da Leopoldina. A cada saída de campo, vamos para um bairro e procuramos pessoas que estejam dispostas a dividir uma de suas histórias com a gente”.

Por fim, a produtora conta como o trabalho é gratificante e o quão grande foi a aceitação do projeto. ” As pessoas desta região não esperam que a gente se interesse pela sua história de vida. Ficam muito lisonjeados. Somos moradores da Zona Norte, então é muito recompensador poder ter tempo pra mostrar como as pessoas aqui são e que cada história conta”, finalizou.

*Fotos de Vanessa Martins