Bandas de rock pernambucanas que todo mundo precisa conhecer

Vamos começar com 7 dicas, porque 7 é o número da perfeição e estes sons estão bem próximos do paraíso

Sigam-me os curiosos!

Como boa entusiasta de música e, em especial, da música pernambucana, tive a grande ideia de fazer uma lista de bandas para comemorar o Dia do Rock. Mas quando fui ver a seleção que tinha feito, percebi que a galera é tão boa que todo mundo precisa conhecer pra ouvir todo dia, independente da data comemorativa.

Queria – e vou – incluir mais um monte de gente boa que ficou de fora, mas resolvi começar com o número 7, que é o quê? O número da perfeição!

Chega de conversa e vem ouvir estas sete bandas pernambucanas que você não pode dormir sem conhecer:

Tagore

A Tagore já é veterana: está na estrada há seis anos e coleciona passagens por festivais arretados como o recifense Rec Beat, o Psicodália, que rola em Rio Negrinho, no sul do país, e o Grito Rock, em Goiás. Seu álbum de estreia, “Movido a Vapor”, tem 13 faixas deliciosas em um caldeirão de rock com folk, baião e aquela dose boa de psicodelia. O quinteto é formado por Tagore Suassuna (voz e violão), Caramurú Baumgartner (percussão e voz) Julio Castilho (baixo/guitarra/synt), Emerson Calado (bateria) e João Cavalcanti (baixo/guitarra/synth).

Kalouv

Ainda seguindo na onda de começar a lista com os nomes que você precisa conhecer “pra ontem”: Kalouv também está no rolê há seis anos também e é um prato cheio pra quem curte post-rock instrumental. Formado por Basílio Queiroz (baixo), Bruno Saraiva (teclado), Rennar Pires (bateria), Saulo Mesquita (guitarra) e Túlio Albuquerque (guitarra), o grupo já foi bem recebido com o trabalho de estreia, “Sky Swimmer” (2011), e arrasou com “Pluvero”. Dá o play:

Mabombe

Uma das coisas mais difíceis dessa vida de jornalista é não ser parcial. Mas cara, sinceramente, essa foi a banda que eu mais gostei de conhecer enquanto fazia esta lista (vergonha, aliás, por não ter conhecido antes). Carlos Carvalho, na guitarra, Antônio Marques, na bateria, e Victor Giovanni, no baixo, fizeram maravilhas pelos meus ouvidos nas quatro faixas de “Udúbio”. Falando em termos bem simples, é um disco perfeito pra quem pira em rock instrumental. É uma viagem – literalmente – porque tem horas que você se sente bem tranquilinho numa praia; noutras, no olho do furacão (isso tudo só na faixa “Mãe das Bombas”). Dá pra entender? Fui longe e não quero mais voltar. Socorro.

Verdes & Valterianos

Junto à formação clássica de voz, guitarra, baixo e bateria (os quais são responsabilidade de Matheus Pinheiro, Rony, Diego Gonzaga e Thiago Paes Barreto, respectivamente), a banda ainda conta com a presença ilustre de Nívea Maria no teclado e na voz e vem desde 2014 explorando a crescente cena do rock psicodélico. Algumas das maiores influências da banda vêm da década de 70 e de nomes como Alceu Valença, David Bowie, Ave Sangria, T-Rex, Lula Côrtes, Secos & Molhados, Jimmy Hendrix e Mutantes. Dá uma sacada no EP “The Same People With The Same Faces”, parido em abril-maio deste ano.

Zeca Viana

Aproveitando que acabei de falar dos Verdes, são eles que acompanham Zeca Viana no palco em seus shows. Influenciado pela “pernambucanidade” dos anos 70, o músico e produtor promove uma viagem sonora ao subúrbio do Recife com seu último disco, “Estância”. Ele foi gravado no home studio Recife Lo-fi na raça e de forma caseira, e transita entre o shoegaze e o krautrock. Você pode encontrar nuances de The Stone Roses, House of Love e Edgar Varèse nesse som delicinha. Ó:

Amandinho

A própria banda diz que seu som acaba sendo “indiepunk”, resultado da mistura de influências que não acabam mais – do rock ao reggae, passando pelo black metal. Os integrantes – João Eduardo (bateria), Danilo Galindo (baixo e backing), Felipe Soares (guitarra e vocal) e Smhir Garcia (guitarra) – são também criadores do selo Transtorninho Records, que valoriza a cena independente do Recife. Até agora, lançaram o EP “Coisas Novas São Assim”, de 2014, e o álbum “Rugby Japonês”, de 2015. 

Cosmo Grão

Seu recém-lançado “Cosmograma”, crescido e criado na cena instrumental do Recife, abençoado pela padroeira dos independentes e fortalecido por campanha de financiamento coletivo, tinha receita pronta e na medida – tipo aquelas de vó – pra ficar lindão. Agora, em sua nova fase, a banda é um quarteto formado por Chico Rocha e Thiago Menezes nas guitarras, Rafael Gadelha no baixo e Cássio Sales na bateria. Ouve com carinho que eles vão rasgar teu coração: