Brasileiro cria o ‘Nudestarter’: site de crowdfunding de nudes
“Pessoas comuns já postam nudes de graça na internet, mas imagine se elas pudessem monetizar isso. Agora elas podem,” falou ao Catraca Livre durante a Campus Party Gabriel Cantarin, criador do nudestarter.com, site que propõe juntar duas febres da internet: os nudes e o financiamento coletivo.
O nome é uma variação do Kickstarter, um dos sites mais populares de financiamento coletivo na rede. “É mais fácil explicar nudes do que crowdfunding aqui no Brasil. O nome já ajuda indicar como o nudestarter funciona,” diz Gabriel, que começou o serviço há dois meses buscando em grupos de permuta do Facebook modelos que procuravam fotógrafos para fazer books sensuais. “Conseguimos assim as 3 primeiras para iniciar o projeto.”
O funcionamento também é igual ao de sites de vaquinhas online. Cada modelo determina quanto quer receber e a campanha tem um período de duração. Se a quantia determinada chegar até o valor total o ensaio é feito e distribuído aos fãs, caso contrário todos recebem o dinheiro de volta. Até mesmo metas podem ser determinadas. Quem apoia a usuária Rafalícia, por exemplo, com R$ 50 reais recebe 20 fotos sensuais dela “vestida de diabinha”. Mas no caso dela já é preciso desembolsar R$ 2000 para as fotos sem roupa propriamente.
O site começou apenas com mulheres, mas logo se expandiu com projetos de nus de homens e pessoas trans. Mas, afinal, se é tão fácil encontrar nudes na internet, por que alguém pagaria pra isso? Gabriel tem a resposta na ponta da língua: “As pessoas querem ver nudes de quem elas conhecem. E elas não querem pagar uma revista ou empresa para ver esses nudes, elas querem pagar diretamente quem elas conhecem.”
Assim como o YouTube permite a qualquer um ter um canal de TV, o nudestarter quer permitir que pessoas comuns também distribuam e lucrem com imagens sensuais. E tenham um canal com fãs e assinantes engajados que queiram o acesso a esse conteúdo.
Gabriel faz questão de enfatizar que o nudestarter é um site “de imagens sensuais e artísticas”, não de fotos pornográficas e explícitas. E para verificar a identidade das modelos, de que elas são donas dos perfis, é usado um sistema de identificação igual ao de bancos digitais.
O sucesso na Campus Party foi tamanho que de 25 projetos já online, mais 160 pedidos foram feitos. O nudestarter agora está fazendo parcerias com youtubers que queiram monetizar seus nudes e até buscam internacionalizar a empresa para EUA, Ásia e Leste Europeu.
“Tem meninas no Instagram com 100 mil seguidores que já fazem imagens sensuais,” diz Gabriel. “Várias youtubers gostariam de fazer isso, mas a Playboy não chama. Agora, eles e todo mundo pode monetizar o seu nu.”