Confira 12 bandas de rock cariocas que você precisa ouvir
No Rio de Janeiro não se faz só samba ou funk. A prova disso é a crescente cena rock da cidade, com novas bandas, eventos e espaços, como o Imperator Novo Rock e o Odisséia Para Todos. Tudo isso é fruto do trabalho de músicos e produtores que atuam de forma coletiva pela movimentação do cenário no Rio. A hastag #acenavive representa esse movimento.
“#acenavive começou com um grupo de cinco bandas (Folks, Canto Cego, Stereophant, Nove Zero Nove e Drenna) que agitou a cena do Rio, intensificando os eventos coletivos e sempre adicionando mais bandas a eles, dando voz a uma geração talentosa”, explica o produtor Felipe Rodarte, que apresentou as bandas que deram inicio a esse trabalho conjunto. Elas e outras sete estão na lista do Catraca Livre com 12 bandas cariocas de rock que você precisa ouvir. Confira:
[tab:1-Pedras Pilotáveis]
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De uma Jam Session, em um churrasco de amigos, nasceu a banda Pedras Pilotáveis, formada por Felipe Ramos (Guitarra e vocal), Jon Pires (Baixo) e Rafael Rocha (Bateria). O trio toca junto desde 2011, mas todos já estão na estrada há 10 anos. O nome surgiu do termo “Rock and Roll”, que em português seria pedras que rolam. “A gente incorporou a ideia do nosso som ser da idade da pedra, por fazermos um som mais clássico” conta Felipe.
A banda tem influências blues, rock e funk, além de grupos dos anos 60 e 70, como Jimi Hendrix Experience, Cream, The Meters, Rolling Stones, Tim Maia e Mutantes. “Esse ano lançamos um single junto com um making off que está disponível no nosso site para download e em abril vamos lançar nosso primeiro EP”, explica o vocalista. E para ele, o público está crescendo e cada vez mais ouvindo som de bandas independentes.
[tab:2-Pessoal da Nasa]
A Pessoal da Nasa, formada por Dado Oliveira (vocal) Guilherme Carrera (guitarra), Gustavo Heilborn (baixo) e Bruno Castro (bateria), nasceu em 2011 e, deste então, já gravou um EP com 4 músicas e um videoclipe.
O nome surgiu de uma conversa sobre a música ‘Será Que Eu Vou Virar Bolor?’, do Arnaldo Baptista, dos Mutantes. “Tem um trecho que diz ‘não gosto do pessoal da NASA, cadê meu disco voador’. Daí saiu a banda”, explica Dado. Segundo o vocalista, o trabalho sofre influência de rock inglês, grunge, anos 70 e um pouco de Queens of the Stone Age.
“O público está sedento por trabalho autoral. O que está acontecendo agora, acontece com todas as gerações de rock. De forma cíclica, o rock esgota, se alimenta e retorna cheio de energia”, afirma Dado Oliveira
É possível fazer download gratuito do trabalho no site oficial.
[tab:3-Stereophant]
A Stereophant começou como uma brincadeira de colégio, em 2004, em Mendes, no Interior do Rio. Com o tempo, a brincadeira ficou séria e a banda ganhou a formação atual, composta por Alexandre Rozemberg (vocal), Vinícius Tibuna (guitarra), Thiago Santos (guitarra), Fabrício Abramov (Baixo) e Bernardo Leão ( Bateria).
O grupo define seu som como puro e simples rock. “É difícil definir um estilo, pois ouvimos muitas coisas diferentes. O resultado da influência de cada um é o Stereophant”, explica Vinícius Tibuna.
Tibuna conta que o público tem crescido nos eventos de rock. “Não tem mais um evento que tocamos ou que vamos que esteja vazio. As bandas deixaram um pouco o ego e a concorrência de lado e resolveram se ajudar, o que deu início a esse crescimento no Rio”, conta.
Na página da banda no Facebook é possível fazer o download do CD.
[tab:4-Re-volt]
O “Re” vem de recomeço e o “volt” de energia, assim formou-se a Re-Volt, que foi um recomeço para Duda (Voz), Régis (Baixo), Marcos Almir (Guitarra) e Edu Coimbra (Bateria), que vinham de outras bandas com vontade de fazer um novo tipo de som. A reunião dos músicos aconteceu há três anos.
“Temos bastante influencia de bandas grunges como Alice in Chains e Pearl Jam e, também, de bandas nacionais dos anos 80 e 90”, explica Marcos. E devido a essa mistura, não define um estilo para a banda.
Para ele, a cena carioca estava no limbo, mas agora passa por um período de ascensão. “O público tem frequentado mais os shows e tem muita banda gente legal movimentando o cenário”, diz.
A banda disponibiliza suas músicas em suas redes sociais.
[tab:5-Montanha Russa]
Com Arthur Bellizzi (Vocal e guitarra), Junior Macedo (guitarra), Thiago Frazão(Baixo) e sem um nome fixo na bateria, a Montanha Russa mistura adrenalina e rock’n roll . “Desde o primeiro show, em 2004, faz mais de 10 anos, mas considero o marco da nossa profissionalização em 2009, quando lançamos o primeiro CD. Desde então estamos na estrada direto”, conta o vocalista. Ele define o trabalho como rock com uma pegada punk e reggae.
Para o músico, o crescente cenário atual é resposta a um desejo do público. “O interesse no autoral é cada vez maior. Quase inconscientemente as pessoas anseiam pelo novo. Os artistas já consagrados vão continuar fazendo sucesso, mas aos poucos a nova geração vai encontrando seu espaço”, diz.
O material da banda está disponível para download.
[tab:6-Facção Caipira]
Há seis anos na estrada e três com a formação atual, a Facção Caipira conta com Jan Santoro (Resonator vocal), Vinicius Câmara (baixista), Daniel Leon (gaita e vocal) e Renan Carriço (bateria). O trabalho dos músicos é uma mistura de rock, blues e country.
“Não nos preocupamos em seguir um estilo apenas. Impor limitações criativas é sempre ruim. Estamos abertos a produzir o que a gente gosta, sempre renovando e inovando”, conta Jan. A banda acaba de gravar um DVD no Teatro Municipal de Niterói.
“Sempre tivemos público para o autoral só que agora estamos botando pra quebrar em todos os lugares, documentando, divulgando e mostrando como é importante essa interação com o público. A cena carioca está fervendo”, diz o vocalista. O material da banda está disponível para download.
[tab:7-Drenna]
A banda que leva o nome da vocalista, começou nasceu em 2009 como um duo que acabou ganhando novos integrantes e gravando um disco, lançado no ano seguinte. “O projeto iniciou comigo e, quando marcamos o primeiro show, ainda não tínhamos um nome escolhido. Então, meio que por improviso escolhemos colocar Projeto Drenna. Só que o nome funcionou e acabamos adotando. Com o tempo sentimos a necessidade de tirar o “Projeto” e ficamos apenas como Drenna“, explica a cantora.
O grupo é formado por Drenna (vocal e guitarra), Junior Macedo (guitarra), Bruno Moraes (Baixo) e Milton Carlos (bateria). O trabalho sofre influencia de bandas como Queens Of The Stone Age, Foo Fighters, Incubus, Velvet Revolver e, também, das bandas que despontam na cena atual.
“A cena se estabelece a cada dia. São muitos eventos pipocando por toda a cidade; tem o Toxity, o Speed Rock, o Rock Bandido, Bang Rock, Durangos, Sunday Rock, Rock na Feira, Porto Pirata, Indie Jam e muitos outros”, conta Drenna. Ela acredita que o público está mais participativo e dando mais crédito aos novos trabalhos.
O material da banda está disponível para download.
[tab:8-Folks]
Com Kauan Calazans (Voz), Paulinho Barros (Guitarra/Voz), Sergio Sessim (Guitarra), Vitor Carvalho (Baixo/Voz) e Ygor Helbourn (Bateria/Voz), a Folks nasceu em 2011. “Acho que não temos estilo definido. Fazemos o som que gostamos, que vai do classic rock, ao som dos 70s. Ao mesmo tempo curtimos muito o grunge dos 90s e os sons mais contemporâneos. Tentamos mesclar tudo”, explica o vocalista Kauan.
“Optamos por um trabalho ‘olho no olho’, indo pras ruas, botando a cara a tapa mesmo. Depois que as pessoas de fato conhecem a banda, procuram e curtem nossa fan page e criam o elo com nosso trabalho”, conta Kauan. Atualmente a Folks trabalha em uma coletânea feita em conjunto com outras bandas atuantes na cena”.
[tab:9-Nove Zero Nove]
Trazendo o número do apartamento do vocalista como nome, a Nove Zero Nove está na estrada desde 2009. A banda conta com Mauricio Kyann (Vocal), Marcius Machado (Guitara), Paulo Pestana (Guitara), Bruno Castro (Bateria) e Eliza Schinner (Baixo). “Nós nos juntamos por que temos algo a dizer e por que queremos outras pessoas se identificando com o que a gente toca”, afirma a baixista Eliza.
Classificando o próprio som como alternativo, o grupo tem influências de Rage Against The Machine, Queens of The Stone Age, Dead Fish e Raimundos.
“A vontade de existir e ser reconhecido pelo seu trabalho, mostrando verdade e competência, é o que faz as bandas se unirem em prol de vários objetivos em comum. A movimentação das bandas fez a galera se ligar que pra cena se fortalecer o público tem que comprar o barulho”, diz Eliza.
A banda disponibiliza material nas redes sociais e site oficial.
[tab:10-Canto Cego]
Formada por Roberta Dittz (voz), Magrão (baixo), Rodrigo Solidade (guitarra) e Ruth Rosa (Bateria), a Canto Cego Nasceu no Complexo da Maré, em 2010. “Na época, envolvida com eventos de poesia, comecei a experimentar poemas cantados em pequenas JAMs que fazíamos. As músicas foram surgindo e encontramos esse nome, que tinha a ver com a rotina da favela, um lugar esquecido, cercado por tapumes que tapam a visão de quem está de fora. Hoje, não estamos mais na Maré, mas carregamos essa responsabilidade”, explica Roberta.
A vocalista define o trabalho como rock e poesia. “Poesia pela delicadeza, pelo cuidado com as palavras, pelo dizer mais do que cantar”, afirma.
Para a vocalista, chegou a vez do rock. “As rádios de rock estão voltando, as bandas consagradas produzindo novos discos e as novas conquistando cada vez mais seu espaço. O cenário é otimista. Esse ano tem muita coisa pra acontecer”, diz.
O trabalho da banda está disponível para download.
[tab:11-El Efecto]
Com Bruno Danton (Voz, guitarra, trompete), Tomás Rosati (Voz, percussão e clarinete), Pablo Barroso (Voz e guitarra), Eduardo Baker (Baixo) e Gustavo Loureiro (Bateria), o El Efecto está na estrada desde 2002. “O que nos uniu foi o gosto pela música e o incômodo com o mundo tal qual ele é. Conjugamos esses dois sentimentos para tentar produzir algo estimulante e capaz de gerar inquietação, tanto política quanto estética”, diz Tomás.
Para ele, o maior desafio é potencializar a ampliação do público. “Por isso, convocamos as pessoas que se identifiquem com o som e as ideias a contribuírem como puderem para a difusão”, conta.
A banda disponibiliza o trabalho dos últimos 13 anos em seu site para download gratuito. Nas página e nas redes também é possível adquirir discos e camisetas.
[tab:12-Medulla]
A Medulla nasceu em 2005 com o álbum “O Fim da Trégua”, com os gêmeos vocalistas, Keops e Raony. Atualmente, além dos irmãos, a banda conta com Alan Lopez e Dudu Valle (guitarras), Rodrigo DaSilva (baixo) e Daniel Martins (bateria). “Depois que a tour do primeiro disco tinha acabado de fazer um ano, decidimos começar tudo do zero. Abrimos mão de um contrato numa gravadora grande, empresário, músicos contratados que tocavam com a gente e até saímos da casa dos meus pais. Foi aí que decidimos chamar nossos melhores amigos, pra sermos realmente uma banda”, lembra Raony.
O vocalista diz que as influências vem de todo lado, com nomes como Mars Volta, Beastie Boys, Arnaldo Antunes, Fugazi e Chet Baker. O estilo é definido como uma grande mistura. “O rock é o muro onde pixamos o rap, jazz, mangue beat, punk, grunge e noise”, diz Raony.
Para o músico, a internet derrubou muitos paradigmas, dando oportunidade para os novos trabalhos se mostrarem. “Tá rolando um espírito parecido com o começo da cena das bandas que a gente curtia quando era moleque, uma vontade de fazer um lance impactante”, diz.
O material da banda está disponível no site oficial e nas redes sociais.
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