Nollywood: conheça o cinema nigeriano que democratizou a produção e se tornou o 3º maior do mundo

Em um país com apenas 12 cinemas, o mercado cinematográfico consegue empregar 200 mil pessoas apostando na distribuição

27/09/2013 17:08 / Atualizado em 04/05/2020 12:18

Poucas pessoas sabem, mas, além de Hollywood e Bollywood existem, espalhados pelo mundo, outros pólos relevantes de produção cinematográfica. Apesar de infelizmente todos terem o mesmo trocadilho no nome, suas influências locais e regionais podem ser algo muito positivo. Um exemplo é Nollywood, a indústria cinematográfica da Nigéria.

O país de quase 170 milhões de habitantes tem apenas 12 cinemas, mas emprega cerca de 200 mil pessoas no mercado cinematográfico.
O país de quase 170 milhões de habitantes tem apenas 12 cinemas, mas emprega cerca de 200 mil pessoas no mercado cinematográfico.

O cinema nigeriano ficou famoso não apenas por crescer muito nas últimas décadas, chegando à marca de 200 filmes produzidos por mês, mas por ter como característica principal a democracia ao acesso da produção audiovisual. Diferentemente da indústria norte-americana, a proposta de Nollywood é olhar exclusivamente para seu país e seu continente, produzindo filmes em idiomas locais.

Como o intuito era levar as películas para o maior número possível de pessoas, a indústria não se voltou tanto para as salas de cinema – são apenas 12 no país –, mas sim para o forte comércio de DVDs. Assim, os produtores foram obrigados, em um primeiro momento, a preferirem a abrangência em detrimento da técnica.

Mas isso teve um resultado positivo. A criação de uma “cultura cinematográfica”, mesmo que fora dos padrões hollywoodianos, fez com que a população ficasse com a vontade de também contar suas histórias por meio do cinema. Hoje, o mercado emprega cerca de 200 mil habitantes e movimenta US$250 milhões por ano, sendo o terceiro maior do mundo – fica apenas atrás de EUA e Índia.

Para saber como Nollywood revolucionou a produção, combateu a pirataria e como ainda pretende crescer, leia a matéria na íntegra no Por Dentro da África.

O país ainda tem muito a melhorar, mas já há profissionais aprimorando técnicas de gravação, luz, áudio e audição.
O país ainda tem muito a melhorar, mas já há profissionais aprimorando técnicas de gravação, luz, áudio e audição.