Obras de tricô substituem o graffiti em Londres
Por Anna Dietzsch, do Arquitetura da Convivência
Desde 2004, uma nova forma de arte urbana vem conquistando cidades da Europa e dos EUA. Tendo começado como uma maneira de personalizar e chamar a atenção para espaços urbanos subutilizados ou sem vida, o “Urban Knitting” (ou Tricô Urbano) se espalhou rapidamente. Um dos primeiros grupos a surgir foi o “Knit the City” em Londres, organizado por Lauren O’Farrell. Hoje, há outros tantos ao redor do mundo, cada um com sua agenda e estilo.
O “Urban Knitting”, ou “Yarn Bombing” é quase sempre feito de crochê, embora às vezes também o tricô e outras técnicas sejam usadas. Embora seja bastante durável, é considerada uma arte temporária e, como o grafite, é ilegal na maior parte dos lugares onde já foi feita.
Assim como outras formas de brincar com a cidade, já mencionadas aqui no Catraca, o “Urban Knitting” oferece uma outra maneira de olhar ou re-olhar para os espaços da cidade, seus símbolos e significados. Com a delicadeza de uma arte que tradicionalmente une o feminino, o familiar e aquilo que é extremamente particular e caseiro, o “Urban Knitting” evoca a maravilhosa dicotomia dos centros urbanos, onde o coletivo e o particular devem constantemente achar seu equilíbrio de coexistência.
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