As caravelas que anunciaram as “Memórias Luso Africanas” de Gui Amabis, em 2011, se atracaram em solo fértil e – um ano depois -, o produtor mais compositor que nunca, conquista seu território na música brasileira e, finalmente, produz “Trabalhos Carnívoros” para colonizar ouvidos não catequizados.

Como quem desbrava matas nativas, a primeira faixa – homônima ao disco -, já anuncia: “O momento é histórico para o bem da nossa espécie”, que ele descreve como sendo um ser “liso, tosco, um bicho solto”.

Se na memória do primeiro álbum ficou a lembrança de Criolo, Tulipa Ruiz, Lucas Santtana, Thiago França e CéU para o ajudar na travessia atlântica, neste novo Amabis dá o tom em todas as faixas, exceto em “Pausa”, na qual cala a voz e liberta as mãos nos teclados.

Depois de ter atuado em trilhas de cinema como “Senhor das Armas”, “Quincas Berro d’agua”, “A estranha perfeita” e “Bruna Surfistinha”, o músico também explora sua memória visual nos novos trabalhos (carnívoros), em que “tudo tá mais colorido e o foco tá bem mais preciso”. Assim como em “Um bom filme”, ele cria cenas o tempo todo: “A cada compasso um cenário. Em cada retrato um gatilho.” (na faixa “Tiro”).

Ainda que tenha contado com Regis Damasceno no baixo (guitarra e produção) para dar vida ao álbum, além de Samuel Fraga na bateria, Dustan Galas na guitarra e Fernanda Monteiro no Cello, Gui Amabis continua sendo compositor, cantor e produtor de seus próprios trabalhos e memórias – que você baixa neste link.

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Confira o clipe ‘Pena Mais que Perfeita” com Daniel Oliveira

PENA MAIS QUE PERFEITA – GUI AMABIS from julio andrade on Vimeo.