Procedimento do FBI para desbloquear iPhone vaza na internet

Empresa israelense, contratada pelo FBI, teria vendido técnica de desbloqueio para Turquia, Emirados Árabes e Rússia

Após a Apple negar ajuda para desbloquear o Iphone do atirador de San Bernardino, atentado que matou 14 pessoas na Califórnia (EUA) em 2015, o FBI recorreu aos serviços da empresa israelense Cellebrit em busca dos dados do smartphone.

Passados meses desde o incidente entre o departamento policial e a multinacional, recentemente, a empresa israelense contratada pelo FBI teve 900 GB de dados hackeados. Consequência: informações de como desbloquear os aparelhos Android, Iphone e Black Berry vazaram na internet. Ainda de acordo com os dados, a Cellebrit vendeu sua tecnologia para governos da Turquia, Emirados Árabes e Rússia.

Empresa, contratada pelo FBI, teria vendido a técnica de desbloqueio para Turquia, Emirados Árabes e Rússia

Segundo nota divulgada pelo site Olhar Digital, o hacker alegou ter tirado os dados de um servidor remoto da empresa onde os arquivos encontravam-se criptografados, mas que, apesar disso, foi possível superar a proteção. Entre os arquivos dedicados ao sistema operacional iOS é possível encontrar ferramentas conhecidas do mundo do jailbreak, como o limera1n e o QuickPwn.

“Estamos perdidos? Nossos celulares serão invadidos?”

Apesar da audácia de uns e vacilo de outros, o vazamento da técnica de desbloqueio não permite que qualquer celular seja invadido. Já que, para a técnica funcionar, antes, é necessário ter acesso ao aparelho físico; e a técnica não funciona com dispositivos protegidos por bloqueio de leitura biométrica.