“1922 – A Semana que Não Terminou”

Numa narrativa que mescla linguagem jornalística e relato histórico, do livro “1922 – A Semana que Não Terminou”, o autor Marcos Augusto Gonçalves autor dá vida aos personagens e descreve as jornadas do Teatro Municipal. A obra será lançada no início de fevereiro. Clique aqui e leia um trecho do livro.  

O livro incorpora críticas que têm sido feitas, desde a década de 1980, a algumas “verdades” consagradas pela historiografia e pelo senso comum. Um exemplo é a ideia de que a arte e a literatura dos anos que antecederam a Semana seriam em bloco “acadêmicas” ou “passadistas”.

divulgação
Semana de 22 foi integrada por Mário de Andrade, Oswald de Andrade e muitos outros

O autor procura reavaliar a participação do Rio de Janeiro naqueles anos de formação da modernidade artística, e inscreve os jovens personagens de 1922 numa rede de relações pessoais ampla e complexa — na qual trafegam oligarcas, playboys, mecenas, mulheres fatais, “imortais” da Academia e poetas “passadistas”.

Com base em ampla pesquisa, extensa bibliografia e entrevistas com especialistas, o livro — que também traz fotos e reproduções — é acessível ao leitor que se inicia no assunto, mas não deixará de despertar o interesse do meio acadêmico. O título, como explica o autor, surgiu num chiste: “É uma paródia, uma espécie de blague quase oswaldiana a partir dos títulos de dois brilhantes best-sellers escritos pelos jornalistas Zuenir Ventura e Laurentino Gomes. Espero que me perdoem”.