Veja dicas para evitar fraudes cometidas com informações expostas em redes sociais

A fraude de identidade – em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos – pode ser facilitada quando o usuário de redes sociais expõe demasiadas informações pessoais ou deixa de tomar cuidados básicos ao acessar suas páginas, alertam os especialistas da Serasa. Utilizar redes Wi-Fi não confiáveis, clicar em qualquer link sugerido sem desconfiar da procedência ou usar senhas demasiadamente óbvias, como datas de aniversário, nomes de bichinhos de estimação ou de pessoas da família, são alguns dos erros mais comuns.

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude do Consumidor, julho registrou 174.137 tentativas de fraude de identidade. O número representa uma tentativa de fraude a cada 15,4 segundos no país. “Muitos usuários de redes sociais facilitam a vida dos criminosos, disponibilizando dados fundamentais para a armação de golpes como esse”, alerta Julio Leandro, superintendente do SerasaConsumidor. “Muitas vezes, a vaidade de exibir pertences, lugares visitados e o próprio estilo de vida se transformam em um relatório que o golpista necessita para planejar o delito.”

Cuidados ao acessar a rede

1 – Só utilize Wi-Fi confiável ao acessar páginas que dependam de login e senha. Esses dados podem ser capturados facilmente caso o dono da rede disponível seja mal intencionado ou se ela estiver sendo monitorada por criminosos.

2 – O mesmo vale para computadores públicos ou de desconhecidos: um hacker poderá descobrir seus dados de login e senha depois que você utilizar o dispositivo.

3 – Só mantenha o Bluetooth ligado quando estiver sendo utilizado, pois o recurso é outra porta de entrada para que hackers obterem suas informações pessoais.

4 – Logar sua rede social em aparelhos de pessoas conhecidas também tem seus riscos: o “amigo do amigo” pode ter contato com o mesmo dispositivo, não ser tão confiável e utilizar dados particulares ali expostos para prática de fraude.

5 – Não deixe sites de bancos ou de compras online abertos nos smartphones ou tablets. O aparelho pode ser roubado, furtado ou mesmo perdido e seus dados estarão disponíveis.

6 – Ao inserir senhas para acessar seus sites em locais públicos, mesmo utilizando seu próprio dispositivo, verifique se ninguém está observando a ação.

7 – Dificulte a vida do fraudador cadastrando senhas mais complexas. Nomes de familiares, de namorados ou de animais de estimação, apelidos e datas de nascimento são senhas facilmente decifráveis com uma rápida olhada em seu perfil do Facebook, por exemplo.

8 – Mude periodicamente suas senhas de acesso.

9 – Nunca “empreste” seus dados de login e senha para conhecidos darem “uma olhadinha” em suas páginas.

Fornecimento de dados

1 – Seja econômico na hora de preencher informações de perfil, que ficarão expostas a qualquer usuário da rede: nome completo, apelidos, nomes dos pais, dos filhos, local de trabalho, data de nascimento, telefone de contato e números de documentos não são necessários.

2 – Mantenha o acesso aos dados mais particulares, como fotos, curtidas e comentários, apenas para pessoas de sua confiança.

3 – Mesmo restringindo o acesso aos amigos, seja comedido no número de informações disponibilizadas: lembre-se que o amigo pode compartilhar esses dados com terceiros.

4 – Submeta as postagens de seus amigos em sua linha do tempo no Facebook a seu crivo (análise de marcações). Isso evita que, mesmo sem intenção, eles exponham alguma informação confidencial que poderá ser utilizada por criminosos.

5 – Informações sobre viagens ou que exibam seu estilo de vida, como compras de bens ou idas a restaurantes caros, são importantes chamarizes para os golpistas cibernéticos. Esses dados podem denotar que você tem uma conta bancária abonada e bom crédito na praça: um prato cheio para os fraudadores de identidade.

Navegação

1 – Um grande número de amigos/seguidores nas redes sociais é considerado sinônimo de status e popularidade. Mas cuidado: ao adicionar inadvertidamente pessoas que você não conhece ou “conhece de vista” estará correndo sérios riscos de fornecer informações para criminosos, cuja intenção é exclusivamente capturar seus dados para fraudá-lo. Prime pela qualidade e não pela quantidade.

2 – Muitos criminosos cibernéticos também criam perfis falsos nas redes sociais e utilizam fotos de homens/mulheres bonitos/as ou mesmo “cantadas” online para serem adicionados. Desconfie.

3 – Muitas campanhas que circulam nas redes sociais são falsas, mesmo quando se valem de bandeiras de causas idôneas, como angariar recursos para ONGs ou um abaixo assinado virtual para alguma causa política/social. Essas adesões normalmente vão requerer dados, como o CPF do internauta. Cheque a procedência e veracidade da iniciativa.

4 – Links para acessar sites ou convites para baixar arquivos de vídeo e fotos postados em sua timeline ou que chegam via mensagem inbox – também podem ser armadilhas para instalar vírus que roubam dados pessoais para a prática de fraude de identidade. Mesmo que o assunto do link seja atrativo – contendo promoções, ofertas de emprego, manchetes sobre celebridades etc. – evite clicar. Lembre-se que os criminosos são espertos e capricham nas chamadas para tentar convencer o maior número de pessoas a caírem no golpe.