A guerra Globo, SBT e Record na queda do ministro de  Bolsonaro

16/02/2019 08:36

Além do desgaste com os laranjais, a queda do ministro Gustavo Bebianno teve por trás a guerra da família Bolsonaro com as Organizações Globo.

É uma guerra que envolve SBT, RedeTV! e Record.

Há em gestação uma aliança para reduzir as verbas públicas e até privadas da Globo, mudando normas do mercado publicitário

Trecho do jornal El Pais sobre a queda do ministro

Além de ter seu filho incentivando essa disputa, Bolsonaro se sentiu traído por Bebianno quando ele agendou uma reunião com Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de relações institucionais do Grupo Globo (do qual fazem parte a TV Globo e o jornal O Globo).

Ele também é presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Em uma conversa com Bebianno, enquanto ainda estava internado, o presidente disse a ele que o ministro estaria “colocando o inimigo dentro de casa”.

Aliados de Bebianno relataram ao EL PAÍS que o objetivo dele era fazer uma ponte com a maior emissora brasileira. Essa ponte nem chegou a ser construída. A reunião com o executivo da Globo foi cancelada.

Desde que assumiu a presidência, Bolsonaro tem dado preferência a conceder entrevistas para concorrentes da Globo, principalmente para a TV Record.

Também afirmou dezenas de vezes que iria rever todos os contratos publicitários com a imprensa e destinaria as verbas públicas de maneira mais equânime, sem, necessariamente, levar em conta o alcance de cada veículo de comunicação e questionando práticas arraigadas como o chamado “BV” – ou “bônus por volume”, recebido pela agência que destina a um determinado veículo um pacote de publicidade Seu grupo político avalia que a Globo tenta manipular a opinião pública contra ele e contra seus filhos.

O caso mais emblemático, na visão deles, foi o destaque dado ao escândalo envolvendo o policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, hoje senador pelo PSL do Rio de Janeiro.

Carlos Bolsonaro escreveu, sem citar o nome, mas claro para todos, que as Organizações Globo querem a morte de seu pai.
Traduzindo essa acusação: a mais importante rede de jornalismo do Brasil quer um golpe.

Mais: o interesse da Globo na morte de Bolsonaro teria, como vemos em outros posts de Carlos, interesse financeiro.

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Quem estaria preparando o golpe?
Nas palavras da família Bolsonaro, o vice Mourão.
O próprio Carlos insinuou que gente próxima ao seu pai apostaria em sua morte.

O deputado Eduardo Bolsonaro pediu a população que julgue as atitudes do general

“O Mourão tem as opiniões dele e tem se expressado. Cabe à população fazer o julgamento se isso é certo ou errado”, disse Eduardo, falando à revista Crusoé.

Segundo a revista Veja, o deputado Eduardo Bolsonaro está por trás dos ataques nas redes sociais contra o vice Hamilton Mourão.
Os duros ataques de Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro, seriam estimulados, segundo a revista pelo deputado.
Ao lado do filósofo, Eduardo indicou para Ernesto Araujo para ministro das Relações Exteriores.

Para completar a insanidade, basta lembrar que a família Bolsonaro dissemina em seus post o filósofo Olavo de Carvalho – aliás, alguém que já foi internado duas vezes em hospício.

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Lembremos que Olavo diz aberta que Mourão estaria tramando um golpe contra o presidente.
E o chama de “charlatão desprezível”.

Uma das razões do ódio de Olavo e família Bolsonaro tem um motivo: Mourão recebe para conversar jornalista da Globo.