O inesperado sucesso do “Bloco Ridículos” no Carnaval

01/03/2019 17:04 / Atualizado em 11/09/2019 11:55

Quando a Catraca Livre lançou há 4 anos a campanha contra o assédio no Carnaval, ouvimos não apenas dezenas, mas centenas de vezes a palavra “ridículo”.
Ridículo politicamente correta.
Estávamos tirando a “alegria” da festa ou seguindo um”mimimi” feminista.
Éramos ridículos porque essa campanha nunca pegaria.
Tivemos de amargar fracassos e deboches nos dois primeiros anos.
Mas uma conspiração estava em andamento unindo blocos, coletivos de mulheres, meios de comunicação, publicitários, poder público, celebridades.
O “Bloco dos Ridículos” estava cada vez maior e mais forte.
Catraca Livre não apenas entrou na guerra nas redes sociais, como também foi para a rua.
Neste ano, a articulação ganhou apoio de uma marca: a 99.
Um ano histórico: é a primeira vez que, num carnaval, assédio é considerado crime.
Ficou claro que alegria mesmo é a festa com respeito, sem a violência do assédio.
Para nós, ficou claro nosso grande papel: o de comunicar para empoderar.

O vídeo acima faz parte do Projeto Causando: uma parceria da Catraca Livre com o Instituto Carrefour.