A verdadeira suruba do “Surubão” dos artistas da Globo
Surubão é um caso a ser estudando nas escolas de comunicação e marketing.
Revela o pior das redes sociais – o pior e o mais perigoso.
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É a promiscuidade da internet.
Essa, sim, a grande suruba digital.
A fofoca de que artistas globais promoveriam festas libertinas em Fernando Noronha viralizou.
Virou trending topic mundial.
Mas quem mostrou os fatos?
Ninguém. Rigorosamente ninguém.
Surgiu de um perfil no Instagram um intitulado @joseloretosafado.
Ou seja, um anônimo, sem provas e indícios, apenas na sua imaginação, incendiou o mundo das celebridades.
Em menos de 24 horas esse perfil anônimo conquistou nada menos que 200 mil seguidores na rede social de imagens.
Os leitores podem se divertir.
Mas coloque-se no lugar das vítimas da fofoca.
Alguém anônimo te acusa, sem provas ou indícios – e você é obrigado a ficar se explicando.
O caso vai para a Justiça, segundo informou Monica Bergamo, da Folha.
Motivo: Giovanna Ewbank foi envolvida na foto: ela tem uma pousada em Fernando de Noronha.
“A Giovanna Ewbank está revoltada de ter sido envolvida nessa história de surubão”, diz o advogado Ricardo Brajterman, contratado pela atriz e por seu marido, Bruno Gagliasso, para defendê-los. Os dois são sócios de uma pousada em Fernando de Noronha.
Brajterman também atende a atriz Yanna Lavigne. “Ela tá indignada porque foi arrastada para essa fofoca”. Há várias teorias sobre esse perfil incendiário do Instagram e, para Ricardo, “ele foi criado para tirar o foco de algumas pessoas e envolver mais gente neste caso de traição”.
Regiane Alves estava em Noronha quando o termo ‘Surubão” virou trending topic do Twitter. “Eu estava lá relax com meus filhos, e vários amigos me zoaram”. Ela diz que “nada sabe” sobre isso, mas se soubesse… “Ia achar ótimo. Quero mais é que as pessoas se divirtam.”
Regiane está agora preocupada em batalhar patrocínio para três projetos. “Fiquei três anos tentando pela Lei Rouanet e não consegui. Fui na raça e nas dívidas, mas não reclamo. Sou uma privilegiada, faço TV também. Mas tenho amigos em outra realidade, então tá todo mundo um pouco assustado com as mudanças na lei”.
“Festinha depois de gravação, barzinho… Isso sempre rola na Globo. É até propício, quer dizer, propício não. Dá até pra entender. Mas dark room [local que seria reservado para reuniões íntimas] eu não sei, se soubesse, falava. Eu falo tudo mesmo e sempre sou crucificada por isso”, dizia a atriz Antônia Fontenelle, também atrás de patrocínio para seus projetos.
Antônia fez campanha para Bolsonaro e, apesar de considerar que a cultura está “totalmente abandonada”, não se arrepende de tê-lo apoiado. “Ele é uma pessoa de boníssimas intenções mas está cercado de traíras.”