Bancada evangélica faz pacto com diabo para pressionar Bolsonaro

09/03/2019 09:39 / Atualizado em 11/09/2019 11:56

É simples entender a irritação de deputados evangélicos com Bolsonaro.
Não tem nada de divino ou ideológico.
Muito simples: até aí, OK.

O problema é que, por causa disso, eles estão fazendo um pacto com o diabo.
Na luta por cargos, colocar em risco o país.
Todos sabem que, sem a reforma da previdência, o Brasil quebra.
Quebrar significa mais miséria e desemprego.
Logo, mais sofrimento.
O pacto com o diabo consiste em chantagear o governo de não apoio à reforma em nome de cargos.

Trechos da matéria do Estadão

Descontente com a falta de interlocução com o Palácio do Planalto e sem espaço na Esplanada, a bancada evangélica afinou o discurso e decidiu votar fechada com o governo apenas nas pautas relativas a temas de costumes. Deputados eleitos com apoio das igrejas evangélicas já não poupam, inclusive, o presidente Jair Bolsonaro, que ajudaram a eleger, de críticas públicas nas redes sociais.

O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) disse que, “ideologicamente, jamais” a bancada irá “sabotar o governo”, mas alertou que “política se faz com diálogo ou cada um vai cuidar do seu mandato”.
“A bancada nunca teve espaço, mas agora está pior. Ele (o presidente) só dialoga com os militares e com os filhos.” Sóstenes diz que a falta de interlocução terá reflexo nas votações. “Matérias como a da Previdência, sem diálogo, ninguém coloca o dedo”, avisou.