Bomba contra partido de Bolsonaro explode no Palácio do Planalto
A reportagem da Folha sobre o uso de laranjas pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro, explodiu dentro do Palácio do Planalto.
Segundo a Folha, Bolsonaro responsabilizou o ministro Gustavo Bebianno , secretário-geral da Secretaria-Geral da Presidência.
Trecho da matéria
O presidente quer uma solução rápida para o caso, discutiu com o ministro e o fez cancelar agendas, o que aumentou a pressão entre aliados para que Bebianno peça para sair do governo.
O cerco sobre Bebianno surgiu com a série de reportagens da Folha mostrando que o partido do presidente, que era dirigido pelo hoje ministro durante a campanha eleitoral, destinou verbas milionárias do Fundo Partidário para candidatas com votações insignificantes a deputado federal pelo país.
A Polícia Federal ajudou a aumentar a crise junto a Polícia Civil de Pernambuco e a Procuradoria Regional Eleitoral.
Já tinha escrito aqui que a reportagem da Folha mostrou como o PSL deu a maior facada moral.
Ao mostrar o desvio de verbas, usando candidatas-laranja, a Folha colocou sob suspeita o presidente do PSL, Luciano Bivar e o secretário-geral da presidência, Gustavo Bebianno.
ção, confirmou a importância da reportagem do jornal, geralmente acusado pelo presidente de promover Fake News.
Intimou a prestar depoimento a mulher acusada de servir como laranja.
Entenda essa reportagem.
A descoberta do jornal é seguinte: a cúpula do PSL destinou R$ 400 mil para uma candidata-laranja a deputada em Pernambuco, onde mora Bivar .
Luciano Bivar, presidente do PSL
Na época, Bebianno presidia o PSL.
Nome da laranja: Maria de Lourdes Paixão, 68 anos.
Só para dar uma idéia: ela ganhou mais do fundo partidária do que a deputada Joice Hasselmann que teve mais de 1 milhão de votos) e do próprio Bolsonaro.
Detalhe: o dinheiro chegou apenas na véspera da eleição. Mais precisamente, no dia 3 de outubro.
Ou seja, teria 4 dias para gastar.
E gastou tudo numa gráfica.
Resultado: só teve 274 votos.
A Folha visitou o endereço da nota fiscal – e não encontrou sinal de gráfica.
O que a candidata disse para a Folha:
À reportagem Lourdes Paixão diz não se lembrar do nome do contador que aparece em sua prestação de contas, da gráfica que afirma ter contratado nem de quanto gastou ou o volume de material que encomendou.
Também não soube explicar as razões de ter sido escolhida candidata e agraciada com a terceira maior fatia de verba pública do partido de Jair Bolsonaro.