Conversa reservada do novo ministro contra vazamento é vazada
“Sabotagem”- essa uma das principais preocupações do novo ministro da Educação Abraham Weintraub, ao dizer numa reunião fechada que não iria tolerar vazamentos.
As declarações foram feitas em com Carlos Nadalim, secretário nacional de Alfabetização e discípulo de Olavo de Carvalho.
Como que uma conversa que condena vazamento e fala em sabotagem é vazada?
O Globo expplica:
No encontro com Nadalim, também ex-aluno de Carvalho, Weintraub demonstrou preocupação com as brigas internas entre as alas ideológica e militar. A conversa ocorreu por volta das 11h10 e foi ouvida pelo GLOBO após um telefonema feito para o ministro. Weintraub atendeu a chamada e deixou o celular ligado.
No diálogo de 14 minutos, Weintraub pediu informações de colaboradores da chamada ala ideológica que atuam ou atuaram no MEC.
O novo chefe da Educação perguntou sobre o perfil de Bruna Luiza Becker e Eduardo Sallenave, assessores especiais da pasta. Outro sondado foi Eduardo Melo, que era secretário-adjunto da Secretaria Executiva do MEC e foi um dos primeiros a serem demitidos no início da crise na pasta, no dia 11 de março.
O grupo ligado ao ideólogo de direita defende o retorno de Melo, atualmente na TV Escola, ao cargo. O ministro pergunta ao secretário Nacional de Alfabetização se ele é “avalista” do servidor demitido por Vélez. Diante da resposta afirmativa, Weintraub insiste: “Você garante que não está fazendo bagunça?” pergunta a Nadalim, que assegura a confiança em Melo.