Datafolha revela um fato inédito sobre Bolsonaro. E é péssimo.
É o pior indicador, divulgado hoje pelo Datafolha, sobre os 3 meses de Jair Bolsonaro.
Pela primeira vez em um início de primeiro mandato, diminuiu o otimismo em relação à economia, de 65% na posse de Bolsonaro para 50% hoje.
O que acontece, em geral, é o óbvio: o presidente eleito ainda traz as promessas de campanha e seus ministros exalam vigor e confiança.
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Pelo menos durante essa fase de lua de mel: os 3 primeiros meses.
Com ele, são tantas as trapalhadas que a confiança caiu.
Quando a confiança cai, menos empresários têm disposição de investir com medo do futuro.
Logo, geram-se menos empregos.
Jair Bolsonaro já estabeleceu um marco ao completar três meses de governo: a pior avaliação nesse período entre todos os presidentes eleitos pelo voto direto em primeiro mandato desde a redemocratização.
Segundo o Datafolha, 30% dos brasileiros consideram seu governo ruim ou péssimo, um índice quase igual os que consideram ótimo ou bom (32%) e regular (33%). C
om o mesmo tempo de primeiro mandato, Fernando Henrique Cardoso era ruim ou péssimo para 16% da população; Lula, para 10%; Dilma Rousseff, para 7%; e mesmo Fernando Collor, que havia acabado de confiscar a poupança, só era considerado péssimo ou ruim por 19%.
A pesquisa mantém o corte demográfico da eleição. Bolsonaro é mais rejeitado por mulheres (33% ruim e péssimo) que por homens (26%) e pior avaliado no Nordeste (39%), onde perdeu para Fernando Haddad no segundo turno, que no Sul e no Centro-Oeste (ambos com 22%).