Dimenstein: o perigo da união Bolsonaro, Silvio Santos e Edir Macedo
O jantar no Palácio da Alvorada contou ainda com a presença de familiares do bispo e do apresentador
A foto está em todos os lados: no jantar ontem no Palácio da Alvorada, Bolsonaro ao lado de Silvio Santos, do SBT, e Edir Macedo, da Record.
É o que poderíamos chamar de Sistema Bolsonaro de Televisão.
Não é preciso ser um gênio que se trata de um esquema contra a TV Globo.
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Mas é um perigo –e para Bolsonaro.
Perigo de acabar na Justiça – e, quem sabe, servir de argumento para impeachment.
Simplesmente entender.
Bolsonaro já disse publicamente que não vai ter mais dinheiro para a TV Globo –“acabaram as tetas”, anunciou.
O problema é que a publicidade oficial não pode ser determinada por preferências do presidente.
É uma questão técnica e impessoal.
Leva-se em conta (ou se deveria levar) o relação custo-benefício.
Assim como faz qualquer empresa.
O dinheiro investido em publicidade tem de ter retorno.
Como se supõe que a publicidade oficial tem de chegar ao maior de pessoas possíveis com o menor custo, o principal critério é o tamanho da audiência –e, claro, a qualidade do espectador.
Como tirar dinheiro da maior rede de televisão, transferindo-o para menores como Record e SBT?.
Se essa lógica funcionar, vamos ver a rede de site de milicianos nadando em dinheiro apenas para defender Bolsonaro.
Vai ter menos dinheiro para Folha, Estadão, G1, Globo –e mais para Terça-Livre?
Eles acham que essas contas não vão acabar no Ministério Público? Ou até numa CPI?
O que, como se sabe, é crime de responsabilidade.