Crescei e multiplicai-vos é uma ordem de Deus, segundo a Bíblia, mas não se aplica à Igreja Universal. Esta é a reportagem mais impactante deste domingo, 9: a esterilização de pastores da Igreja Universal, comandada pelo bispo Edir Macedo, dono da TV Record.

A reportagem terá implicações políticas: Edir Macedo é um dos principais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro nos meios de comunicação.

O caso está na Justiça: pastores dizem ter sido forçados a fazer vasectomia, segundo a “Folha de S.Paulo”. Seria uma condição para ficar ou progredir na estrutura da igreja.

“Sem filhos, os ex-pastores dizem que teriam mais disponibilidade para mudar de cidade a mando da igreja, uma vez que a instituição custeia a família dos religiosos”, diz o texto.

A Universal foi condenada em diversas instâncias do Poder Judiciário, segundo a “Folha”. “No caso mais recente apreciado pela Justiça, o TRT-2 […] condenou a Universal […] a pagar R$ 115 mil em indenização por danos morais e materiais ao ex-pastor Clarindo de Oliveira, 44.”

De acordo com o jornal, “ele prestou serviços à instituição religiosa entre 1994 e 2010 em templos no Brasil e em Honduras”. “Na decisão publicada em 7 de maio deste ano, a relatora do caso, desembargadora Silvana Ariano, disse que há a confirmação da ‘prática de imposição de vasectomia’ pela Universal.”