Dimenstein: documento mostra que Carlos Bolsonaro praticou fraude
Esse documento acima divulgado pelo O Globo mostra que Carlos Bolsonaro praticou uma fraude, ao atestar assiduidade de um funcionário que exercia tarefas fora de seu gabinete, ligadas à campanha eleitoral de seu pai.
Para ter dúvidas, vamos à definição de fraude, segundo os dicionários.
Qualquer ato ardiloso, enganoso, de má-fé, com o intuito de lesar ou ludibriar outrem, ou de não cumprir determinado dever; logro.
Interessante é que Carlos Bolsonaro, porta-voz informal do presidente nas redes sociais, ataca frequentemente corrupção das esquerdas, em especial do PT, e tem como foco o que considera as “mamatas” da imprensa.
Segundo informação divulgada pelo jornal O Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) atestou a presença integral do ex-assessor Tercio Arnaud Tomaz, ainda que, na época, ele trabalhasse para o hoje presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Contratado para a equipe de Carlos Bolsonaro em 6 de dezembro de 2017, como auxiliar de gabinete, com um salário de R$ 3.641, ele permaneceu nos quadros do legislativo carioca até 1 de janeiro deste ano, quando deixou a função para ser nomeado assessor especial da Presidência, ganhando R$ 13 mil.
Apesar disso, segundo levantamento feito em agosto do ano passado, Tercio fazia parte da equipe de comunicação e mídias sociais da campanha do presidente eleito. E logo após a eleição, passou a se apresentar a jornalistas como assessor de comunicação do presidente eleito — quando, inclusive, divulgou suas agendas, fotos, vídeos e respondendo a imprensa.
Rotina que, no entanto, não está de acordo com o que foi apresentado nas planilhas mensais de frequência dos funcionários do gabinete de Carlos Bolsonaro. Apesar de Tercio ter acompanhado Jair Bolsonaro em viagens para outros estados sem a presença de Carlos — o vereador declarou presença integral para o assessor entre dezembro de 2017 e novembro de 2018.