Dimenstein: é injusta a punição à negra com tatoo do Bolsonaro
Como os leitores sabem, não gosto de Bolsonaro.
Digo e repito: considero-o um misto de mediocridade, arrogância e ignorância.
Para quem não sabe, Catraca Livre lançou sozinho a campanha do #BolsonaroNão, inspiração do #EleNão.
- Bolsonaro vira piada em talk-show americano, após atos terroristas no DF
- Mulher tenta defender idosa e é agredida por bolsonarista em SP
- Motorista que atropelou bolsonaristas em bloqueio diz que acelerou ao ser agredido
- A merda que pode dar na democracia se Bolsonaro for reeleito
Os motivos que me fazem não gostar dele, com sua aversão à diversidade e tolerância, é o que me leva a defender a negra que foi linchada nas redes por estar com uma tatuagem de Bolsonaro.
A musa da escola de samba Unidos de Vila Maria, Erika Canela, de 27 anos, foi impedida de desfilar diante das reações nas redes sociais.
Fico imaginando se fariam a mesma coisa caso ela estivesse com uma tatuagem de Marielle Franco – e com razão.
Pesou contra ela, no caso, ser negra – e um negro não poderia gostar do Bolsonaro.
OK. Mas é a opinião dela – e tem de ser respeitada.
O melhor que podemos fazer para nossos adversários é nos parecermos com ele.