Dimenstein: guerra aos banheiros da USP e PUC merecia descarga
A guerra contra os banheiros unissex da PUC e USP lançada pelo PSL, partido de Bolsonaro, é uma ideia que mereceria ir para a privada.
Aparentemente é apenas mais uma daquelas bobagens midiáticas para agradar o eleitorado chamado conservador.
Mas, em essência, é uma péssima visão de mundo.
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A visão de que o mundo ficaria melhor sem respeito a diversidade.
É justamente o contrário.
Quanto mais respeito à diversidade, melhor
Ninguém é obrigado a usar o banheiro para todos.
Continuam os banheiros separados.
Não é uma questão pequena para o PSL em São Paulo – mas algo importante em sua pauta de costumes.
Reproduzo aqui a notícia da Folha.
O deputado estadual Frederico D’Ávila (PSL-SP) diz que membros do partido de Bolsonaro em SP querem se concentrar em pautas conservadoras no início da legislatura.
Um dos projetos, afirma, vai pregar a proibição de banheiros unissex, chamados por ele de sanitários “trans”.
Culpa do banheiro A PUC-SP e a USP, por exemplo, têm sanitários unissex.
De acordo com D’Ávila, esses espaços impulsionam “a promiscuidade e a facilitação do estupro”.
Quando a PUC lançou, em São Paulo, o banheiro unissex lançou uma nota pregando a diversidade.
“A PUC-SP, atenta à diversidade da sua comunidade universitária, composta por alunos, professores e funcionários, buscou contemplar a todos com a implementação do banheiro unissex. A instituição ressalta que estes sanitários são de uso comum, não direcionados a públicos específicos.”