Dimenstein: Joice Hasselmann é a nova vítima da doença de Bolsonaro
Existem abundantes sinais de que Jair Bolsonaro sofre de um distúrbio definido em psicologia como “síndrome paranóide”.
Esse distúrbio se caracteriza por um excesso desconfiança que faz a pessoa imaginar-se vivendo cercada de adversários e mesmo inimigos.
Resultado: com dificuldade de enxergar a realidade, a pessoa com essa síndrome gera conflitos desnecessários, prejudicando sua própria vida.
Joice Hasselmann é a mais nova vítima dessa síndrome de Bolsonaro.
Ela passou a ser merecer a desconfiança apenas porque tem amizade com João Dória, considerado um inimigo do presidente.
Acontece que, na arte da política na democracia, os políticos devem cultivar os mais diversos contatos para conseguir obter entendimentos capaz de solucionar impasses.
Dória, até pouco tempo, ajudou a eleger Bolsonaro – e Bolsonaro agradeceu o “BolsoDória”.
Nesse meio, estava Joice.
Até Joice Hasselmann, líder do governo na Câmara, já está apanhando de Jair Bolsonaro.
Em conversa com a Folha, Bolsonaro não dispôs a apoiar a candidatura de Joice à prefeitura de São Paulo, justificando:
Referia-se à proximidade dela com o governador paulista, João Dória.
Como se sabe, Dória é candidato a presidente e cada vez mais rivaliza com Bolsonaro, tentando se apresentar como uma direita “civilizada”.
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Diante do comentári , Joice explicou:
“É ciuminho. Eu me dou muito bem com o governador de São Paulo, João Doria, todo mundo sabe.
Agora eu optei pelo Jair Bolsonaro. Eu já conhecia o Doria antes do PSL, antes de conhecer o presidente”.
Por trás da fritura que Bolsonaro aplica em Sérgio Moro, seu mais popular ministro, existe também um toque de paranoia.
Ele imagina Sérgio Moro aliado, na PF e Coaf, há grupos que investigam seu filho, além de ser candidato em 2022.
Moro cometeu o “crime” de ajudar um governador do PT com problemas de segurança e ser homenageado por Dória.
Óbvio que Bolsonaro, em queda veloz de popularidade, prejudica a si próprio brigando com seu ministro mais popular e com a líder de seu governo no Congresso.
Mas foi assim com Gustavo Bebianno e Santos Cruz, além de vários outros assessores.