Dimenstein: Joice Hasselmann é a prova da doença mental de Bolsonaro
Joice Hasselmann não fez nada de errado em relação a Jair Bolsonaro.
Como política, criou vários canais de diálogo, como João Dória – o que todo político civilizado deveria fazer.
Política é a arte da negociação.
Mas para Bolsonaro essa atitude é traição – o que acabou tirando-a da liderança do governo no Congresso.
Agora, ela fala em ingratidão.
Não é ingratidão.
Essas atitudes de Bolsonaro só têm explicação razoável em seu distúrbio psicológico: a paranóia.
Paranóia é ver inimigos em todos os lados. E fabricar inimigos.
Quem tem essa atitude acaba criando inimigos reais: de Joice ao Delegado Waldir, passando por Alexandre Frota, Bebianno, Santos Cruz.
É uma doença que precisaria ser tratada com medicamentos e terapia.
Ocorre que Bolsonaro se cerca de pessoas – seus filhos, por exemplo – que estimulam esse comportamento paranóico.
Nesta semana, seu guru – Olavo de Carvalho – chegou a pregar a ditadura.
Quem está ao lado de Bolsonaro tem de ser um fiel e cego seguidor: do contrário, vira um traidor.
Nesse mesmo plano de paranoia, está a imprensa – especialmente Folha e Globo -, ONGS, Igreja católica, universidade.
A própria visão de marxismo cultural e globalismo já é uma demonstração de paranóia: afinal, não existem.