Dimenstein: muita gente ama odiar a Catraca. E não nos entende

21/11/2018 17:47 / Atualizado em 18/12/2018 18:26

Quando os jornais anunciaram a indicação de Mozart Neves, eu tomei uma posição: é um técnico competente e limpo.  Bolsonaro merece, parabéns.

Meus elogios são baseados na história de Mozart – e não em ouvir falar. Ou ler suas ideias.

Diante dos elogios à indicação, a reação da seita “Messias Bolsonaro” foi atacar a mim e à Catraca Livre – e, claro, dizer que seu eu apoiava era sinal de que Mozart não prestava.

Quando criticamos Bolsonaro é porque não queremos perder a “mamata”. E, quando elogiamos, queremos manter a “mamata”.  Não importa que ninguém diga exatamente qual é a mamata. Ou, quando dizem, é uma bobagem.

Catraca, em 2016, usou recursos da Lei Rouanet para promover uma agenda gratuita de shows.  De onde saiu o dinheiro? De empresários. Afinal, é um incentivo fiscal. Mas não importa:  a “verdade ” , na visão da seita é que o dinheiro foi dado pelo governo.

Também nos chamam de comunista, apesar de a Catraca Livre ser contra qualquer regime ditatorial: Cuba ou Venezuela.  Defendemos a economia de mercado com investimentos sociais em saúde e educação

Então apanhamos quando criticamos – e quando elogiamos.

A lógica – se é que existe lógica – é a seguinte: muita gente ama odiar a Catraca Livre.

Ama e odeia mas não entende. Nem quer entender.

Centenas de leitores pregaram a censura à Catraca, por discordar de nossas ideias. Chegaram a inventar a Fake News de que iríamos deixar as redes sociais.

Outros falaram que iria ter uma debandada da página do Facebook. Mas quando olhamos as estatísticas do próprio Facebook, o que se vê é o contrário – cresce o engajamento, como mostra o gráfico abaixo do mês de novembro, revelando o crescimento em todos os indicadores.

Catraca Livre tem uma visão de mundo: somos a favor da diversidade, da tolerância e da democracia.  Em essência, queremos que os indivíduos tenham cada vez mais poder.

Como não temos ligações com partidos nem governos, elogiamos o que é correto para nós; criticamos o que nos parece errado.

Se estivermos errados, voltamos atrás. Não temos compromisso com o erro.

Independência é poder elogiar e criticar sem medo uma mesma pessoa, governo ou instituição.

Essa a receita simples da Catraca, que muita gente não entende – e nem quer entender.