Dimenstein: muita gente ama odiar a Catraca. E não nos entende
Quando os jornais anunciaram a indicação de Mozart Neves, eu tomei uma posição: é um técnico competente e limpo. Bolsonaro merece, parabéns.
Meus elogios são baseados na história de Mozart – e não em ouvir falar. Ou ler suas ideias.
Diante dos elogios à indicação, a reação da seita “Messias Bolsonaro” foi atacar a mim e à Catraca Livre – e, claro, dizer que seu eu apoiava era sinal de que Mozart não prestava.
Quando criticamos Bolsonaro é porque não queremos perder a “mamata”. E, quando elogiamos, queremos manter a “mamata”. Não importa que ninguém diga exatamente qual é a mamata. Ou, quando dizem, é uma bobagem.
Catraca, em 2016, usou recursos da Lei Rouanet para promover uma agenda gratuita de shows. De onde saiu o dinheiro? De empresários. Afinal, é um incentivo fiscal. Mas não importa: a “verdade ” , na visão da seita é que o dinheiro foi dado pelo governo.
Também nos chamam de comunista, apesar de a Catraca Livre ser contra qualquer regime ditatorial: Cuba ou Venezuela. Defendemos a economia de mercado com investimentos sociais em saúde e educação
Então apanhamos quando criticamos – e quando elogiamos.
A lógica – se é que existe lógica – é a seguinte: muita gente ama odiar a Catraca Livre.
Ama e odeia mas não entende. Nem quer entender.
Centenas de leitores pregaram a censura à Catraca, por discordar de nossas ideias. Chegaram a inventar a Fake News de que iríamos deixar as redes sociais.
Outros falaram que iria ter uma debandada da página do Facebook. Mas quando olhamos as estatísticas do próprio Facebook, o que se vê é o contrário – cresce o engajamento, como mostra o gráfico abaixo do mês de novembro, revelando o crescimento em todos os indicadores.
Catraca Livre tem uma visão de mundo: somos a favor da diversidade, da tolerância e da democracia. Em essência, queremos que os indivíduos tenham cada vez mais poder.
Como não temos ligações com partidos nem governos, elogiamos o que é correto para nós; criticamos o que nos parece errado.
Se estivermos errados, voltamos atrás. Não temos compromisso com o erro.
Independência é poder elogiar e criticar sem medo uma mesma pessoa, governo ou instituição.
Essa a receita simples da Catraca, que muita gente não entende – e nem quer entender.