Dimenstein: paranoia da facada mostra doença mental de Bolsonaro
Jair Bolsonaro está dizendo que a doença mental de Adélio Bispo de Oliveira é uma estratégia para que, no futuro, o autor das facadas não possa fazer delação premiada.
Sabe por que a jogadinha de ser maluco? É que daqui para frente, se ele resolver fazer delação premiada, não vale mais porque ele é maluco
Essa frase dita reforça o que tenho defendido aqui: Bolsonaro sofre de um distúrbio mental chamado “paranoia”.
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“Quem mandou matar Bolsonaro?” Essa pergunta foi bombardeada nas redes sociais para insinuar que Jair Bolsonaro teria sido vítima de um atentado, possivelmente tramado pelas esquerdas. Ou pelo “sistema”, como chegou a dizer o presidente.
PF investiga ligação de advogados de Adélio com o PCC
Até hoje, tentam dar ares de conspiração à facada, embora a Polícia Federal não tenha encontrado nenhum indício.
Uma psiquiatra indicada pelo próprio Bolsonaro ajuda agora a desmontar essa fraude.
“A Justiça decidiu que o autor da facada contra Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, tem problema mental e, por isso, é inimputável — não podendo ficar preso pela tentativa de homicídio contra o presidente durante as eleições de 2018”, explicou reportagem da Catraca Livre.
A decisão é da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). Foi tomada após peritos nomeados pela Justiça apontarem que Adélio é portador de transtorno delirante persistente.
Uma médica psiquiatra que foi assistente técnica de Bolsonaro e outra contratada pela defesa de Adélio concordaram sobre os problemas de saúde do acusado.
“Todos os profissionais médicos psiquiatras que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, foram uníssonos em concluir ser o réu portador de transtorno delirante persistente”, diz a decisão.
Portanto, Bolsonaro não confia na PT, na Justiça e nem na psiquiatra que ele indicou para acompanhar o caso.