Dimenstein: publicidade vetada mostrou duas farsas de Bolsonaro

27/04/2019 15:57 / Atualizado em 11/09/2019 12:05

A publicidade do Banco do Brasil vetada por Jair Bolsonaro não tinha nenhuma ofensa a ninguém.
O único que se sentiu ofendido – ou melhor, quis se sentir ofendido – foi o presidente.
O veto apenas reforçou o que sabemos – e. muitas vezes ele tenta negar.
Bolsonaro é machista, homofóbico e racista.
A mensagem da publicidade mostrava negros e mulheres empoderadas, enfatizando o valor da diversidade.
Mas, para o presidente, o valor da diversidade iria contra os valores da família.
Lembremos que nesta semana, ele também criticou o fato de gays fazerem turismo ao Brasil.
Mas não atacou o turismo sexual – e, aí, ofereceu as mulheres aos estrangeiros.
São duas farsas.
A primeira: muitas vezes, o presidente tenta negar o que é. Um sujeito atrasado e preconceituoso.
A segunda: usa a publicidade do Banco do Brasil ou o turismo gay apenas para sobreviver aos olhos de seu eleitor, que, como vemos pelas pesquisas, está cada vez mais desconfiado.
Curioso: Bolsonaro teve três casamentos, alguns com cenas trágicas.
Mesmo assim se imagina capaz de ostentar a imagem da família tradicional.