Dimenstein: Ronaldinho Gaúcho faz Bolsonaro passar vergonha mundial
O jogador está com seus dois passaportes, o brasileiro e o espanhol, retidos pela Polícia Federal
É mais um vexame –quase uma piada pronta– de Jair Bolsonaro.
Nomear um embaixador de turismo que, acreditem, não pode viajar por ter seu passaporte retido pela Justiça.
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho foi nomeado embaixador do turismo brasileiro pelo governo Bolsonaro.
Mas seus passaportes –brasileiro e espanhol– estão retidos pela Justiça por causa de dano ambiental.
Mais: é proibido de renovar os documentos.
Explicação do G1:
O caso envolve a construção ilegal de um trapiche, com plataforma de pesca e atracadouro, na orla do Guaíba, em Porto Alegre, em uma área de preservação permanente e sem licenciamento ambiental.
A apreensão dos passaportes de Ronaldinho e Assis foi determinada em novembro do ano passado, como forma de obrigar a família a pagar uma indenização que passava de R$ 8,5 milhões. O valor, atualizado no ano passado, está em cerca de R$ 9,5 milhões.
Na página oficial da Embratur, o ex-jogador disse que sua missão é “recuperar nossa imagem internacionalmente”. Ele, no entanto, não pode viajar para países que exijam passaporte.
Motivo da escolha: Ronaldinho Gaúcho é apoiador de Jair Bolsonaro.
Pergunta óbvia: como alguém proibido de viajar por ter cometido danos ambientais consegue promover a imagem de um país?
Mais: justo nesse momento, Bolsonaro quer se mostrar ao mundo responsável com o meio ambiente, acusado de ser um dos causadores das queimadas da Amazônia.