Dimenstein: Santa Dulce detonou a imagem de Bolsonaro e da Record
Foi péssimo para a imagem de Bolsonaro, que diz católico, ignorar a canonização de Irmã Dulce
Essa nota foi publicada hoje pelo Painel, da Folha:
“Políticos da comitiva brasileira ao Vaticano relataram constrangimento com o fato de o papa Francisco não ter feito menção ao país nem às autoridades que foram à canonização de Irmã Dulce”.
Foi péssimo para a imagem de Bolsonaro, que diz católico, ignorar a canonização de Irmã Dulce –a primeira santa brasileira.
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Péssimo porque ela representa a essência do que se entende por valores cristãos: dedicou sua vida aos pobres. E morreu pobre.
A TV Record, da Igreja Universal, seguiu a mesma linha: não citou o fato histórico em seus programas jornalísticos do final de semana.
Aí é um caso grave de erro jornalístico.
Ter uma santa brasileira –a primeira– é uma noticia importante sob todos os aspectos.
Mas preferiam o silêncio em nome de crenças religiosas.
Isso não é jornalismo. Não é nada: apenas pregação religiosa.
É como se o Brasil tivesse ganho um Prêmio Nobel e, por questões ideológicas, não noticiar.