Dimenstein: triste verdade por trás do beijo gay atacado por Crivella
Marcelo Crivella conseguiu exatamente o oposto.
Ao tentar censurar o beijo gay de uma revista exposta na Bienal do Rio, reproduziu a imagem dezenas de milhões de vezes.
Não é exagero: dezena de milhões de vezes.
Mas ele não deve estar preocupado.
Pelo contrário.
Foi derrotado na Justiça, humilhado pela elite pensante do Brasil, virou motivo de chacota, mas conseguiu tirar o foco de seu desempenho administrativo ( e aí vai muito mal) para costumes.
Como demonstra Jair Bolsonaro, há um nicho disposto a considerar coisas como beijo uma prioridade.
Crivella é candidato à reeleição ( e com dificuldade) e simplesmente aposta na pauta moral.
Prova disso é perdendo no STF, ele voltou a insistir na censura, entrando com recursos – mesmo que a Bienal já tivesse acabado.
Era a chance de ganhar mais holofotes.
Como vimos nas eleições no ano passado, maluquices como mamadeira de pênis tem seu espaço para seduzir eleitores.