Documento mostra que prisão era melhor do que CT do Flamengo

09/02/2019 08:17 / Atualizado em 11/09/2019 11:47

O jornal o Globo obteve documento da Promotoria de Justiça Infância e da Juventude que vai manchar ainda mais a imagem do Flamengo.
Nesse documento, feito em 2015, os promotores afirmaram que as condições oferecidas aos meninos treinados pelo Flamengo eram piores do que a adolescentes criminosos presos.

Os promotores registram a “pouca disponibilidade de banheiros, armários pequenos”, o que fazia com que os atletas tivessem que colocar os pertences em mochilas e bolsas.

Jogadores que morreram no incêndio
Jogadores que morreram no incêndio

Trecho da reportagem,:

Na ocasião, os garotos do Ninho estavam alojados em um contêiner . O relato dava conta de que 27 adolescentes estavam instalados, utilizando três banheiros. Ou seja, era um banheiro para nove jogadores.
O Ministério Público atacou outros pontos ligados à área social. Citou que na época o Flamengo não tinha educadores ou monitores.
O MP ainda apontou que vários jogadores estavam no local sem autorização dos pais e sem comprovante de matrícula escolar.

Brasil do Jeitinho não tem jeito

Já há indícios de que, a exemplo da tragédia de Brumadinho, o incêndio que matou 10 pessoas no centro de treinamento do Flamengo, conhecido como “Ninho do Urubu”, sejam consequência de irresponsabilidades.

Segundo a Folha, o Flamengo não poderia usar aquela – exceto como estacionamento.
Autorização dada da prefeitura do Rio não permitia construção de alojamento no local

Nota do jornalista Lauro Jardim, de O Globo:

“O Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, onde dez pessoas morreram hoje pela manhã em um incêndio, não tem o Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros.

Trata-se do documento que atesta a existência e o funcionamento dos equipamentos de combate a incêndio exigidos pela legislação.

Segundo a corporação, o complexo ainda não está licenciado, mas em fase de regularização.”

É sempre a mesma rotina no Brasil.

Depois que ocorrem as tragédias, acabamos descobrindo o que deixou de ser feito.

É o Brasil do jeitinho que não tem mais jeito.