Em carta à Israel, Bolsonaro tenta explicar o inexplicável

14/04/2019 09:55

Diante da repercussão negativa da afirmação que “poderia perdoar, mas não esquecer” o Holocausto, Bolsonaro enviou uma carta à embaixada israelense no Brasil na qual procura se explicar a fala desastrosa.

Reportagem do “O Globo” revela que na mensagem, Bolsonaro diz que “o perdão é algo pessoal, nunca num contexto histórico como no caso do Holocausto” e que “qualquer outra interpretação só interessa a quem quer me afastar dos amigos judeus”.

Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante visita ao Muro das Lamentações
Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante visita ao Muro das Lamentações - Alan Santos/PR

“Ao povo de Israel: deixei escrito no livro de visitantes do Memorial do Holocausto em Jerusalém: ‘AQUELE QUE ESQUECE SEU PASSADO ESTÁ CONDENADO A NÃO TER FUTURO’.
Portanto, qualquer outra interpretação só interessa a quem quer me afastar dos amigos judeus. Já o perdão, é algo pessoal, nunca num contexto histórico como no caso do Holocausto, onde milhões de inocentes foram mortos num cruel genocídio”, diz a íntegra da mensagem publicada na página do embaixador israelense no Brasil, Yossi Shelley (veja abaixo).

Ontem, o presidente israelense, Reuven Rivlin, o Memorial do Holocausto, em Jerusalém, o jornal “New York Times” criticaram duramente Bolsonaro.

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