Entenda a derrota de Moro e a guerra de Bolsonaro no Congresso
A guerra do presidente Jair Bolsonaro no Congresso é o principal assunto do Canal Meio. Veja os destaques:
O confronto entre deputados do PSL e do Centrão fez com que a sessão terminasse antes de terminado o voto da Medida Provisória 870, que reestrutura o Poder Executivo. Ela só volta na terça, 28 — e precisa ser aprovada também pelo Senado antes de 3 de junho, quando caduca. Se a votação não ocorrer, o governo volta a ter a estrutura ministerial do período Temer. O texto base já foi aprovado. Segundo a “Folha de S.Paulo”, o enxugamento dos ministérios foi mantido, mas o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) deixou a pasta de Sérgio Moro para retornar à Economia, com Paulo Guedes.
Ministério das Cidades
Já Paulo Celso Pereira, em “O Globo”, relatou que “o recuo na criação do Ministério das Cidades tem um grupo visível de vencedores: os militantes alinhados ao governo que ameaçam ir às ruas e atacaram o acordo nas redes sociais desde o dia em que ele foi firmado, há duas semanas”. Para ele, os derrotados são os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. Também perdem o líder do governo Fernando Bezerra e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que negociaram a recriação da pasta.
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“Ao recuar do acordo, o Congresso parece admitir ter caído em uma armadilha ao tentar emparedar o presidente”, continuou. Para Pereira, Bolsonaro está minando ainda mais “a frágil articulação política de seu governo”.
“Em Brasília, o respeito aos acordos firmados entre líderes é central para o andamento da pauta congressual. Se não quiser passar os próximos anos vendo suas propostas caminharem aos soluços, […] um diálogo sério e transparente precisará ser institucionalizado entre Executivo e Legislativo”, concluiu.
Reforma tributária
Na “Folha de S. Paulo”, Vinicius Torres Freire afirmou que “a balbúrdia cria incerteza, medo do futuro, tanto no cidadão que corta ainda mais seus gastos no supermercado como no empresário que investiria um tico mais”.
“Bolsonaro não tem controle do que se passa no Parlamento, não apenas na reforma da Previdência”, disse. “O acirramento de ânimos pode levar deputados e senadores a limitar poderes presidenciais”, ponderou Freire.
Por fim, o G1 informou que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou, e agora vai a plenário, uma proposta de reforma tributária. O projeto substitui PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por um único Imposto sobre Bens e Serviços. Uma comissão nacional teria a responsabilidade de fazer um reparte do arrecadado entre União, Estados e municípios.