Entenda o quer significa corte de Bolsonaro nas universidades

Canal Meio

As críticas de que o MEC estaria perseguindo ideologicamente universidades fez com que o novo ministro da Educação fosse além.
Estendeu o corte de 30% a todas as instituições de ensino federais. O ministro Abraham Weintraub foi às redes afirmar que um universitário custa em média R$ 30 mil contra R$ 3 mil de uma vaga em creche.
Não explicou a origem da estatística.
Mas reforçou a guerra ideológica: “perguntar sobre tolerância ou pluralidade aos reitores de esquerda faz tanto sentido quanto pedir sugestões sobre doces a diabéticos”. (G1)

O investimento em educação no Brasil caiu 56% nos últimos quatro anos. (UOL)

No início de maio, o Meio fez para os assinantes premium uma cobertura especial da conferência Brazil at Silicon Valley.
Uma das principais conclusões do encontro que reuniu investidores brasileiros e especialistas de lá é que, para desenvolver a economia que será dominante no século 21, o país precisa urgentemente formar mais engenheiros, matemáticos, lógicos e afins.
Ao cortar verbas das principais universidades do país, o MEC vai na contramão da necessidade. Por conta da importância do tema, abrimos hoje para todos a segunda edição a respeito do encontro. (Meio)

O diário britânico The Guardian publicou editorial a respeito da guerra aberta pelo governo contra os cursos de humanidades.
“Sociologia e filosofia são temas que parecem, a seus inimigos, formar gente sem condição de emprego, fluente em sofismo e subversão”, afirmam os editores.
“Autoritários desejam uma sociedade rígida na qual só há espaço para uns poucos filósofos. Eles precisam compreender a humanidade e a sociedade, mas o resto das pessoas devem saber seu lugar.
Outros compreendem a filosofia e o pensamento como uma ameaça à pretensão de autoridade e uma ferramenta para uma sociedade mais justa.” (Guardian)