Entenda por que Bolsonaro demitiu ministro da Educação

05/04/2019 11:18 / Atualizado em 08/04/2019 12:58

Enquete: o ministro da Educação deveria ser demitido?

A crise interminável no Ministério da Educação foi o assunto da nossa enquete do dia. O que você acha? Leia mais: http://bit.ly/2Ovfo6h

Posted by Catraca Livre on Wednesday, March 27, 2019

“Até segunda, vai ser resolvido, ninguém mais vai reclamar. Vélez é boa pessoa. Quem vai decidir sou eu. Segunda é o dia do fico ou não fico”, disse o presidente.

Jair Bolsonaro indicou que o ministro da Educação, Ricardo Vélez, deve deixar o comando da pasta na próxima segunda-feira (8).

“Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima”, disse o presidente nesta sexta, em encontro  jornalistas no Palácio do Planalto.

A informação também já tinha sido adianta pela jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews

Vélez começou a cair Especialmente depois que o ministro perdeu apoio de seu padrinho, o filósofo Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro.

Sem contar sua incapacidade de lidar com os conflitos no Ministério da Educação.

Para completar, ele também não tinha como aliado o núcleo militar em torno de Bolsonaro.

A postura do Ministro

Vélez Rodriguez sempre declarou que não tinha disposição de deixar o cargo.

Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro foi duramente criticado por parlamentares que consideraram as respostas vagas e pela falta de clareza na apresentação de programas da pasta.

“Muitos pediram para eu sair, mas não vou sair. Por que é um passeio às ilhas gregas? Não. O cargo é um abacaxi do tamanho de um bonde. Mas topei o convite porque quero devolver ao meu País o que ele fez por mim”, disse Vélez.

Incompetente e sem controle emocional – é assim que Marcus Vinicius Rodrigues, demitido do Ministério da Educação, classificou o ministro Ricardo Vélez Rodrigues. Ele foi demitido do Inep, responsável, entre outras coisas, pelo exame do Enem. Motivo:a portaria suspendendo a avaliação da alfabetização. A decisão tem ampla repercussão. Foi revogada no dia seguinte. Mas, segundo Marcus, o motivo foi apenas um pretexto. O pedido de suspensão foi feito, segundo ele, pelo do secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, muito próximo a Vélez. Ou seja, o ministro deveria, na sua opinião, saber da decisão.