Entenda tudo sobre a briga Bolsonaro e Rodrigo Maia

Por: Redação

O dólar explodiu – e a Bolsa caiu.

É um das consequências da briga entre Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Jair Bolsonaro.

Essa também é uma das razões que faz o ministro da Economia, Paulo Guedes, insinuar demissão.

A briga é o principal destaque do Canal Meio

“Não tenho problema com Rodrigo Maia”, disse ontem o presidente Jair Bolsonaro em entrevista a José Luiz Datena, âncora do Brasil Urgente, da Band. “Nada, zero problema com ele. Ele está um pouco abalado com questões pessoais que vêm acontecendo na vida dele. Não quero entrar em detalhes, coisas pessoais, que logicamente isso passa por esse estado emocional dele no momento.” Quando perguntado se a questão teria a ver com a prisão do padrasto de sua mulher, o ex-ministro Moreira Franco, o presidente negou.

“Abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar”, respondeu o presidente da Câmara. “São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de vivendo abaixo da linha de pobreza, capacidade de investimento do Estado diminuindo, 60 mil homicídios e o presidente brincando de presidir o Brasil. Está na hora de a gente parar com esse tipo de brincadeira, de ele sentar na cadeira dele, de o parlamento sentar aqui, e em conjunto resolver os problemas do Brasil. Não dá mais para a gente perder tempo com coisas secundárias.”

Teve tréplica. Numa entrevista em que TV Globo, GloboNews, CBN, O Globo, Valor, Estadão, Folha e UOL foram proibidos, Bolsonaro retrucou. “Não existe brincadeira da minha parte, muito pelo contrário”, afirmou. “Lamento palavras nesse sentido e quero acreditar que ele não tenha falado isso. Não é palavra de uma pessoa que conduz uma Casa. Se alguém quiser que eu faça o que os presidentes anteriores fizeram, não vou fazer.”

Bolsonaro havia ido a São Paulo para uma visita à Universidade Presbiteriana Mackenzie, noutros tempos conhecida pelo perfil conservador de seus alunos e cenário de embates estudantis no período da Ditadura. Ele visitaria um centro de pesquisas sobre o grafeno. Quando soube que mil pessoas, principalmente estudantes, protestavam contra a celebração do golpe de 1964, suspendeu a visita.

Os ministros da ala militar gostariam que o presidente procurasse Maia e focasse na Previdência ao invés de se perder com temas como as comemorações do golpe. Segundo Andréia Sadi, um deles resumiu — “estamos gastando pólvora em chimango”. Em gauchês farroupilha, perdendo tempo com bobagens.