Estadão: deputados evangélicos fazem chantagem com Bolsonaro

As duras críticas que o deputado-pastor Marco Feliciano fez ao desempenho do Governo Bolsonaro não são isoladas.
São um sinal de quem ele está perdendo apoio na bancada evangélica.
Motivo: os parlamentares evangélicos sentem-se marginalizados, sem espaço no governo.
Risco na reforma da previdência.
Ou seja, existe aqui uma insinuação de chantagem.
O incômodo é com a falta de cargos, o toma-lá-dá-cá
É o pior motivo para se apoiar ou deixar de apoiar um governo.

Trechos da matéria do Estadão

Descontente com a falta de interlocução com o Palácio do Planalto e sem espaço na Esplanada, a bancada evangélica afinou o discurso e decidiu votar fechada com o governo apenas nas pautas relativas a temas de costumes. Deputados eleitos com apoio das igrejas evangélicas já não poupam, inclusive, o presidente Jair Bolsonaro, que ajudaram a eleger, de críticas públicas nas redes sociais.

O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) disse que, “ideologicamente, jamais” a bancada irá “sabotar o governo”, mas alertou que “política se faz com diálogo ou cada um vai cuidar do seu mandato”.
“A bancada nunca teve espaço, mas agora está pior. Ele (o presidente) só dialoga com os militares e com os filhos.” Sóstenes diz que a falta de interlocução terá reflexo nas votações. “Matérias como a da Previdência, sem diálogo, ninguém coloca o dedo”, avisou.