Estadão: Para Bolsonaro, jornalismo é uma moléstia da sociedade
Para Eugênio Bucci, Bolsonaro abomina a ideia de que o debate público supõe mediadores
Que o clã Bolsonaro e a imprensa não se bicam não é novidade para ninguém. Mas segundo o jornalista Eugênio Bucci, a morte do jornalista Ricardo Boechat ensejou uma manifestação atípica do presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista à Band, o presidente deu a entender, mesmo que quase imperceptível, que reconhece a função questionadora do jornalismo.
“Desta vez, as palavras do chefe de Estado foram excepcionalmente respeitosas em relação aos profissionais de imprensa”, escreveu Bucci em sua coluna no “Estadão”.
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Mas nem sempre é assim. “Em regra, suas palavras têm sido mais ácidas em matéria de liberdade de expressão. Em recente tuíte ele usou o substantivo “canalhice” para desqualificar um título jornalístico que julgou incorreto”, diz Bucci.
Ainda segundo a coluna, para Bolsonaro, “a imprensa seria um atravessador nefasto, um aparelho opositor, uma usina de versões suspeitas sobre os fatos que, além de mentir reiteradamente, é desnecessária em tempos de tecnologias digitais”. O presidente acredita que telefones celulares livrarão a humanidade dessa moléstia chamada jornalismo.